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Conheça 5 conceitos filosóficos presentes na franquia de filmes Matrix

Continuação dos filmes reascendeu discussões mais profundas sobre a obra.
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Quando o primeiro filme da franquia Matriz chegou aos cinemas o mundo estavam recém dando os primeiros passos para entender o que a internet seria. Naquele momento, o fato de sentar diante de um computador a ter acesso a informações e mídias ou enviar e receber mensagens e conversar em tempo real com estranhas realmente era algo que parecia muito moderno para ser verdade. 

No Brasil, principalmente, a internet discada estava começando a entrar na casa das pessoas, mas ainda nem se comprava com a popularização do digital que vivemos nos dias de hoje. E, neste contexto, Matrix surgiu trazendo um combo que reunia tecnologia e filosofia, junto com teoria da conspiração (que foram os primeiros conteúdos que realmente viralizaram nesta internet recém-nascida). Ou seja, foi o filme certo, no momento certo, que criou uma grande comunidade de fãs. 

Com o grande sucesso que o filme fez nos cinemas, acabou se tornando natural o surgimento de duas sequências, que até hoje dividem opiniões em relação a sua qualidade, mas que também foram consideradas grandes sucessos de bilheteria. E neste ano de 2022 chegou aos cinemas o 4º filme da franquia, que propõe uma releitura, que ao mesmo tempo é uma continuação, da história de NEO, Trinity e a Matrix de uma forma geral. 

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Mas foram realmente os conceitos de filosofia abordados nos filmes, especialmente no primeiro, que ajudou a criar uma onda de discussões pelos fóruns na web e que, nos dias de hoje, ainda persistem nas redes sociais. 

Confira alguns dos principais conceitos filosóficos presentes na série de filmes Matrix:

A liberdade de Kant

O filósofo Immanuel Kant se tornou conhecido especialmente pela sua obra Crítica das Razão Pura. Nela, ele define o seu conceito para liberdade, segundo o qual as pessoas deveriam ser sempre libres para se tornar o que a pessoa é capaz de ser. Ele afirma também que a liberdade seria um componente necessário e fundamental para a felicidade. No filme, este conceito se torna mais evidente na clássica cena da escolha entre as pílulas vermelha e azul.

O construtivismo de Jean Piaget

Um outro assunto muito importante nos estudos atuais de filosofia, sociologia e afins está relacionada a tese epistemológica do construtivismo, citado pela primeira vez em um trabalho escrito pelo suíço Jean Piaget. O conceito defende o papel ativo do sujeito na criação e também na modificação do conhecimento. 

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Quando Neo acorda da Matrix e vai parar no mundo real, ele precisa adquirir uma série de conhecimentos que antes ele não tinha, já que ficou no seu alter ego no mundo digital. Quando ele acaba se juntando as outras pessoas que já tinham acordado anteriormente e que já fazem parte do mundo real, ele acaba se deparando com uma série de novos aprendizados possibilitados pela teoria do conhecimento em conjunto. 

Máquina de experiências de Nozick

No livro Anarquia, Estado e Utopia, do ano de 1974, escrito por Robert Nozick, é abordada uma experiencia que demonstraria que o hedonismo, conceito que preza o prazer como bem supremo, finalidade e fundamento da vida moral, seria falso. E isso seria comprovado a partir dessa experiencia chamada de Máquinas das Experiências. 

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Nozick diz para imaginarmos uma máquina capaz de reproduzir experiências de prazer de maneira fiel às reais, a ponto de não sermos capazes de afirmar que não são reais. O filósofo questionava se estávamos dispostos a trocar uma vida "real" por essa vida de prazeres, ficando plugados na máquina. Neste caso, a teoria acaba sendo utilizada de uma forma textual, já que podemos afirmar que a Matrix seria a própria máquina das experiências. Ela não proporciona apenas prazeres apenas em virtude do fato de que, pelo menos no filme, o cérebro primitivo humano não teria aceito aquela realidade perfeita. Mas essa teria sido justamente a proposta de uma primeira versão da Matrix. 

Cérebro no jarro de Gilbert Harman

Mais uma ideia que acabou sendo adaptada quase que literalmente no filme. Ela afirma que a realidade seria falsa e que seríamos apenas um cérebro em um jarro. Essa proposta filosófica afirma que existiria um supercomputador que seria o responsável por alimentar os núcleos sensoriais do nosso cérebro com informações que seriam faltas e que não poderiam ser diferenciadas das reais. Outra possibilidade, apresentada por Gilbert Harman, no ano de 1973, afirma que seríamos corpos em mesas com eletrodos que nos alimentam com informações sensoriais falsas.

Mito da Caverna de Platão

Um dos mitos mais famosos dentro dos estudos de filosofia que basicamente fala em como os humanos tendem a aceitar aquilo que eles conseguem enxergar como sendo a verdade única e absoluta sobre o mundo. Isso seria basicamente o que acontece com as pessoas que vivem dentro da Matrix e que aceitam aquilo que se apresenta diante delas como a realidade. 


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