Manter o corpo em forma é o sonho de muita gente, mas, nem tudo o que é propagado como padrão de beleza tende a trazer apenas benefícios. O que ilustra isso, por exemplo, é que a famosa barriga negativa, adotada por muitos dos frequentadores de academias e até mesmo por famosos, pode trazer uma série de prejuízos à saúde.
O referido formato é caracterizado pela barriga sequinha e curva pra dentro a ponto de deixar as costelas à mostra. Mas de acordo com membros da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, é preciso ter um baixo percentual de gordura corporal, músculo abdominal pouco desenvolvido e ainda por cima um bom fator genético para se conseguir ter a barriga negativa sem que isso acarrete em grandes problemas.
Além disso, os especialistas alertam também que em alguns casos, mesmo com dietas pesadas e muita atividade física, algumas pessoas jamais conseguirão atingir o resultado. Diante disso, apresentamos a seguir alguns dos possíveis males que podem estar relacionados à busca excessiva pela barriga negativa. Veja!
Os problemas que a procura da barriga negativa pode ocasionar
Gordura corporal baixa e desnutrição
Como já mencionado, para que se consiga ter uma barriga negativa é importante ter o percentual de gordura corporal baixo, preferencialmente abaixo dos 10%. Mas de acordo com especialistas no assunto, ter o percentual de gordura tão baixo pode causar problemas de saúde, devido aos métodos necessários à redução da gordura.
Normalmente quando se decide ter uma barriga negativa o primeiro passo é a restrição alimentar, e há casos em que a pessoa se alimenta apenas duas vezes ao dia com alimentos que não oferecem os nutrientes necessários ao corpo. Isso pode causar uma desnutrição e eventualmente problemas como anemia, coma e até a morte por anorexia.
Massa muscular pouco desenvolvida
Com a má alimentação e exercícios para emagrecimento, o corpo perde massa muscular. Com a falta da gordura e glicose, o corpo se abstém do glicogênio, a molécula que faz parte do músculo e tende a proporcionar energia para as atividades físicas.
É basicamente esse processo que faz a pessoa perder massa muscular – inclusive do abdômen – para que com o padrão genético ideal ela consiga atingir a barriga negativa.
Mas vale ressaltar que ter músculos fortes é algo absolutamente importante, pois são eles quem dão sustentação ao corpo e às articulações, sendo essenciais para evitar dores e problemas de saúde.
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Bulimia, anorexia e depressão
O anseio em possuir uma barriga negativa pode acabar se tornando um objetivo de vida a ser conquistado a qualquer custo.
Isso tende a se tornar um grande problema à medida que os resultados não condizem com o esforço exercido, o que a grosso modo pode levar a pessoa a sofrer alguns males de natureza psicológica, tais como depressão, bulimia e em estágio mais avançado até mesmo a anorexia.
Problemas com menstruação e ovulação
De acordo com endocrinologistas, ficar com o peso muito baixo do ideal é também um risco para a saúde hormonal, pelo que, é possível que a mulher deixe de ovular e menstruar por conta da baixa liberação do hormônio leptina.
O referido hormônio é produzido pelo tecido adiposo e seus níveis caem rápido por causa do jejum prolongado. Uma das funções da leptina é a estimulação da ovarina, o que justifica o fato de as mulheres com peso muito baixo estarem propensas à não ovulação e consequentemente impossibilitadas de engravidar.
Favorece osteoporose
O estrogênio é um agente extremamente importante na formação óssea feminina. Ele tende a agir na incorporação do cálcio no desenvolvimento e manutenção da massa óssea, mas com o baixo peso os níveis de estrogênio também cai.
Como o pico da massa óssea feminina costuma não costuma exceder o período dos 35 anos de idade, é possível que as mulheres novas e muito magras não sofram imediatamente com problemas relacionados ao peso baixo.
Apesar disso, porém, é grande a possibilidade dessas mulheres sofrerem no futuro poderá sofrer com problemas como a osteopenia, que é quando os ossos ficam muito fracos suscetíveis a fraturas.
Devido a isso, especialistas alertam que é de suma importância manter o índice de massa corpórea dentro do normal, algo entre 18,5 e 25, considerando uma pessoa adulta.
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