A amizade é um valor que costuma ser muito explorado nos mais variados tipos de materiais destinados as crianças, tanto dentro de um ambiente educacional como a escola como também em histórias, filmes, séries, brinquedos, etc. Ou seja, espera-se realmente que as crianças tenham amigos como parte da sua formação social. A amizade basicamente ensina os pequenos a conviver com pessoas diferentes daquelas que fazem parte do seu convício mais frequente, como a família.
Mas nem sempre essa sociabilização acontece de uma forma muito simples e natural para todas as crianças. Os pequenos se comportam de uma forma sempre muito individual, e existem crianças que acabam tendo mais facilidade em fazer amizades do que as outras de uma forma natural, basicamente a partir de características da sua personalidade e comportamento de uma forma geral.
Os pais costuma se preocupar quando os percebem que os seus filhos não possuem amigos. Além disso, nos dias de hoje, com as crianças cada vez mais inseridas no mundo digital e seguindo os exemplos dos adultos, que estão mais tempo convivendo com outras pessoas pela internet e pelas redes sociais do que pessoalmente, fica ainda mais complicado conseguir entender como anda a vida social dos pequenos.
Afinal de contas, os pais devem interferir? Ou os pequenos devem acabar indo atrás dessas amizades por conta própria? Em alguns casos, os adultos podem acabar interferindo, sempre preservando a autonomia das crianças. Confira algumas dicas que podem ajudar os filhos a fazer novas amizades:
Valide os sentimentos dos filhos
Antes de mais nada, os pais devem entender e escutar como os filhos estão se sentindo naquele momento. É preciso que os adultos aprendam a avaliar como essas crianças se sentem em relação a vida de uma forma geral e como elas estão lidando com a situação, sem preconceitos e sem comparações. Com isso, os adultos vão oferecer um suporte emocional que poderá ajudar as crianças a resolver determinados problemas sentimentais que podem estar impedindo os pequenos a fazer avanços neste campo.
Incentive a interação, mas sem forçar
Os pais devem ser os responsáveis por criar ambientes que oportunizem e incentivem que os filhos entrem em contato com outras crianças das mesmas idades para que uma amizade possa surgir. Isso acontece das mais variadas formas, desde um passeio com filhos de amigos, ou pequenos momentos ou festas em casa. Mas é importante que os pais respeitem os limites e não fiquem forçando uma determinada situação. Ou seja, se as crianças estiverem em um momento social mais isoladas, deixe a situação como está e, posteriormente, converse com ela para entender o que aconteceu e quais as dificuldades que elas estão sentindo nesta interação.
Mantenha a casa aberta para outras crianças
De nada adianta quando os pais criam determinados momentos de reunião dos filhos com outras crianças mas acabam não mantendo a rotina. Uma das principais características de uma amizade realmente é a convivência com uma certa frequência. Por isso, é importante se certificar que os pequenos terão a liberdade de continuar recebendo os seus novos amigos para que esta relação seja mantida. É claro que isso sempre deve ser feito respeitando os limites e as vidas de todos os envolvidos, crianças e famílias, além de respeitar os tempos de outras atividades que as crianças também tenham que fazer, como estudar.
Dê o exemplo
As crianças costumam aprender muito mais através do exemplo que elas percebem ao seu redor do que de fato com a ordem dos adultos. Mesmo que não seja considerado como uma regra, mas as crianças que convivem em uma família na qual os pais costumam receber os amigos com uma certa frequência e conseguem conhecer e conviver com outras pessoas tendem a tentar replicar este comportamento. Por isso, cabe aos adultos também se dedicar um pouco às suas relações de amizade, por mais difícil que isso possa parecer nas rotinas dos mais velhos.
Respeite a individualidade da criança
A personalidade dos pequenos deve sempre ser respeitada. Se a criança for mais reservada, é importante entender isso como um traço natural dela. Caso os pais tenham dúvidas relacionadas ao fato deste tipo de comportamento estar ou não prejudicando o desenvolvimento do pequeno, pode ser interessante contar coma ajuda de profissionais, como psicólogos.
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