Pais devem impor limite aos filhos

Na natureza dizem que as corujas estão entre os animais que mais cuidam e mais são responsáveis pelos seus filhotes. Não é à toa que sempre que um pai ou uma mãe acaba desenvolvendo um comportamento super protetor eles acabam sendo chamados de papai coruja ou de mamãe coruja.

De acordo com especialistas, este é um comportamento completamente natural dos seres humanos, principalmente quando as pessoas acabam tendo o seu primeiro filho. É muito difícil deixar de conseguir bajular a criança que nasceu, e esta bajulação geralmente acaba passando apenas do período de quando os filhos são crianças e seguem pela vida toda.

No entanto este comportamento por trazer alguns prejuízos para os filhos com o passar do tempo. É claro que para os pais é mais difícil perceber onde estão errados, afinal de contas amor e carinho nunca é demais. O problema é quando os pais passam a blindar os seus filhos com este sentimento de tal forma que a criança acaba simplesmente deixando de conseguir viver a sua vida e enfrentar os desafios que todo mundo terá em algum momento da sua existência na Terra.

Os especialistas afirmam que quando o pai ou a mãe coruja acabam superprotegendo demais as crianças, estes poderão ser adolescentes e adultos com sérios problemas. Afinal de contas, o pai e a mãe não vai estar ao lado do pequeno quando ele começar a enfrentar suas primeiras rejeições, seus primeiros desafios ou suas primeiras decepções. E como fazer com que  adolescente ou adulto saiba reagir a estas adversidades se toda sua criação foi baseada na figura de outro adulto protegendo-o?

Problemas dos pais

Muitas vezes este amor em excesso que chega a sufocar e ao mesmo tempo impede que a criança se desenvolva, é uma consequência direta de uma série de problemas que são enfrentados pelos pais e que acabam refletindo diretamente na criação do seu filho. Por exemplo, quando não existe uma clareza nas funções que os pais precisam desempenhar para proteger os seus filhos, ou ainda quando os adultos sofrem com insegurança ou até mesmo carência.

Estes sentimentos acabam confundindo a mente dos pais, que acreditam estarem fazendo o melhor que podem quando tentam blindar os seus filhos de tudo o que acontece. Mas basta alguns episódios corriqueiros na vida dos pequenos, como os primeiros dias na escola ou ainda a primeira briga com o amiguinho para que os pais percebam que simplesmente não podem controlar tudo que acontece com as crianças. E os mais conscientes vão conseguir perceber que o mais importante não é superproteger, mas sim ensinar e educar seus filhos para que eles consigam se defender.

Limites

Uma das consequências imediatas deste comportamento dos pais é quando eles simplesmente deixam de impor limites para os seus filhos e passam a deixar que eles comandem a casa. Mas existem também os pais que seguem o caminho completamente oposto e se envolvem com todas as tarefas e atividades da criança, impedindo que os filhos consigam agir sozinhos.

No primeiro caso as crianças simplesmente estão preparadas para tomar suas próprias decisões e nem conseguem discernir o que é certo e o que é errado. Por isso é importante que os pais apresentem estes limites para seus filhos com o objetivo de frear estes comportamentos.

Os pais devem encontrar o equilíbrio entre suas ações e nunca esquecer que amar um filho não quer dizer que ele tenha que bajular a criança demais, mas sim preparar ele para a vida real e mostrar que existe uma condição de parceria entre todos na casa.