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Operadora da usina de Fukushima inicia a retirada de combustível dos reatores

Tepco começa operação para tirar combustível de reator de Fukushima.
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Mais uma vez a atenção do mundo foi direcionada para os acontecimentos no Japão, mais precisamente na Usina Nuclear de Fukushima. De acordo com as informações que começaram a circular no início desta semana, a Tepco, empresa responsável por administrar e operar a usina nuclear, informou que foi dado início a retirada do combustível do reator 4 da central elétrica danificada após o tsunami de 2011. Com este procedimento, a usina dá mais um paço para a sua total desativação.

Noriyuki Imaizumi, porta-voz da Tepco, declarou para as agências de notícias internacionais que seis trabalhadores conseguiram armazenar dois conjuntos de elementos combustíveis em um tonel no início desta segunda-feira. Ainda de acordo com a empresa, o procedimento teria corrido conforme as normas e nenhuma surpresa negativa aconteceu.

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Para conseguir remover estes elementos que serviam de combustível para que o reator nuclear 4 operasse, a empresa teve que usar uma grua que foi construída especificamente para esta operação, que era considerada extremamente perigosa e delicada. De acordo com o procedimento, todas os elementos que forem retirados pela grua deverão ser colocados em toneis de alta segurança. Posteriormente, eles serão armazenados em um local seco e seguro.

Caso aconteça qualquer problema no momento da retirada do combustível do local ou ainda no momento da armazenagem, existe o risco que altas doses de radiação sejam liberadas, o que pode considerar uma nova tragédia para a região. Dos quatro reatores da central que foram gravemente afetados em 2011, o número 4 era o único que não estava em funcionamento no momento de acidente e o único que não possuía combustível dentro do núcleo do reator.

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No entanto, a piscina de combustível continha urânio e, durante a crise, o edifício sofreu uma explosão que atingiu o teto do compartimento. De acordo com a Tepco, todo o equipamento usado na operação tem mecanismos de segurança que impedem que o combustível possa cair e emitir radiação. A operação está prevista para ser concluída até o final de 2014. O processo completo de desmantelamento deve levar de 30 a 40 anos.

Apesar da operação que começou esta semana ter sido considerada um sucesso, ela teve que ser adiada há alguns meses atrás quando a empresa passou por alguns problemas técnicos, dentre eles o vazamento de água radioativa. A empresa controladora da usina acabou sofrendo duros ataques de parte da mídia e da sociedade do Japão por causa destes vazamentos, sempre lembrando o desastre de Chernobyl, em 1986.

A tarefa tende a piorar nos próximos meses. Depois que estes combustíveis forem eliminados, os engenheiros terão um desafio ainda maior, que será a eliminação dos núcleos deformados de outros três reatores que se fundiram durante o tsunami.


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