Google Brasil é multada pela não interceptação de e-mails na Operação Lava-jato

Ao longo dos últimos anos a justiça brasileira vem utilizando cada vez mais a internet no intuito de elucidar crimes e comprovar esquemas de corrupção, sejam eles praticados no âmbito físico ou no próprio ambiente virtual.

Apesar disso, no entanto, a política de privacidade de algumas empresas virtuais internacionais nem sempre soa favorável às medidas adotadas pelos representantes da lei no país, o que acaba invariavelmente culminando com duras ações da justiça em relação a tais organizações.

Prova disso é que nessa semana a gigante Google acabou sendo multada e tendo dinheiro em conta bloqueado por ter se recusado a interceptar e-mails dos investigados na chamada ‘Operação Lava-jato‘.

Google Brasil é multada pela não interceptação de e-mails na Operação Lava-jato

O responsável por bloquear os bens da gigante da internet e tecnologia foi o juíz federal Sérgio Moro, responsável pela operação supracitada. Ele havia solicitado anteriormente a interceptação de 4 contas do Gmail, mas, a ordem fora descumprida pela empresa norte-americana.

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Entenda o caso e o envolvimento do Google

Quando solicitados, os dados gerais das contas envolvidas na “Operação Lava-Jato” foram prontamente entregues pela gigante estadunidense, apesar disso, no entanto, a Polícia Federal precisava também ter acesso em tempo real às cópias de mensagens trocadas pelos endereços, pelo que foi nesse ponto que surgiu o impasse.

Segundo publicação feita pela Folha de São Paulo, a empresa teria prometido conceder o solicitado somente após o Ministério da Justiça brasileiro entrar em entendimento com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

A persistência do Google, portanto, ocasionou tanto o já mencionado bloqueio de dinheiro em conta, quanto à aplicação de uma multa de R$ 10 mil para cada dia de descumprimento da ordem, um valor que acabou saltando para R$ 50 mil depois de uma semana, chegando a somar R$ 2,1 milhões com o bloqueio em conta.

Até o momento a empresa evitou comentar o caso sob a alegação de se tratar de um caso de caráter sigiloso. Os advogados da mesma, contudo, argumentam que ela é apenas uma subsidiária da “Google Inc.”, que é estadunidense.