Saúde íntima: Esclareça suas dúvidas sobre o uso de produtos de higiene genital

Na atualidade muitas mulheres fazem uso de sabonetes íntimos, lenços umedecidos, absorventes diários, e uma série de outros produtos e cuidados que prometem cuidar da higiene genital.

Apesar disso, no entanto, uma grande parcela dessas mulheres não consegue discernir se de fato o uso de tais recursos traz benefícios ou malefícios à saúde íntima. Diante disso, decidimos esclarecer a seguir algumas das dúvidas mais comuns sobre o assunto. Veja!

Saúde íntima: Esclareça suas dúvidas sobre o uso de produtos de higiene genital

A região intima pode ser lavada apenas com água corrente?

Não. Apenas a lavagem com água corrente não garante a devida higienização íntima, já que a água pode remover apenas 60% das impurezas que a região acumula no decorrer do dia. Apesar disso, porém, especialistas recomendam que no caso de a mulher que possui hipersensibilidade na região, a lavagem seja feita somente com água.

Os sabonetes íntimos podem alterar o pH vaginal?

Geralmente não. Especialistas ressaltam que os sabonetes íntimos são fabricados na maioria das vezes com base em ácido láctico, que é um dos componentes naturais da pele.

A região externa da vagina tem pH entre 5 e 5,5 e os sabonetes íntimos na verdade ajudam a manter o pH da região perto do ideal. Vale ressaltar, contudo, que o pH pode ser alterados por outros fatores, como por exemplo, predisposição genética, transpiração e/ou falta de ventilação. Em todo caso, o uso dos sabonetes íntimos é importante para que o pH da região fique em equilíbrio.

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Os sabonetes neutros e comuns são eficazes na limpeza da região íntima?

O sabonete em barra possui pH alcalino, por essa razão ele pode remover a acidez natural que a região íntima possui, provocando eventualmente algumas irritações e até mesmo um ressecamento.

Dito isso, os sabonetes neutros também devem ser evitados, pois são ainda mais alcalinos e possuem pH 7 na maioria dos casos. Na falta de um sabonete íntimo, os especialista recomendam o uso de algum produto fisiológico que não possua perfume e seja leve.

No período menstrual o uso do sabonete íntimo deve ser interrompido?

Não. Pelo contrário. Durante o período menstrual a mulher deve se higienizar com maior frequência, uma vez que as secreções e resíduos podem se acumular na região genital.

Os especialistas recomendam inclusive que em dias de calor a região íntima seja higienizada pelo menos três vezes, enquanto que em dias frios uma higienização é o suficiente.

Como é feita a aplicação correta do produto?

O ideal é que o sabonete íntimo seja aplicado apenas na área externa da região genital. O uso do produto deve ser evitado nos casos de duchas vaginais ou tratamento de infecção ou inflamação na região.

É recomendável o uso de absorventes diários?

Não. O ideal é que a mulher use apenas calcinha, e que ela seja confortável. Peças com tecido sintético também não são recomendáveis, já que tendem a comprometer a ventilação da região.

Para mulheres que estão com problemas na região, tais como corrimento vaginal ou período menstrual , o uso é permitido, já que o absorvente tende a evitar possíveis constrangimentos. Vale ressaltar, porém, que mesmo nesses casos o produto deve ser poroso, facilitando assim a ventilação da região.

Quando os lenços umedecidos devem ser usados?

Os especialistas recomendam que as mulheres carreguem sempre na bolsa alguns lenços umedecidos para situações de emergências. Eles são ótimos para a higienização quando não é possível a realização de uma lavagem adequada da região. Ele é inclusive mais indicado para a região íntima que o papel higiênico.

Crianças podem usar produtos para região intima?

Antes de qualquer coisa é importante saber que um produto indicado para região íntima é uma necessidade e não um tratamento. Logo, partindo do princípio de que as criança também precisam ter a região higienizada, o uso nelas é permitido.

Vale ressaltar, porém, que o pH infantil é mais baixo que o pH de uma mulher adulta, por essa razão é importante que a criança use produtos infantis, já que a concentração e diluição dos produtos se dão em quantidades menores.