Há alguns anos o diabetes já está sendo considerado, por parte da comunidade médica e científica, como uma das doenças mais graves dos nossos tempos, com uma verdadeira epidemia em relação à quantidade de pessoas que precisam lidar com esse problema. E os mais variados dados sobre o tema comprovam isso.
De acordo com as informações que surgiram a partir de pesquisas feitas pela The Lancet, o número de adultos vivendo com diabetes no mundo ultrapassou 800 milhões, mais que quadruplicando desde 1990. A pesquisa foi conduzida pela NCD Risk Factor Collaboration (NCD-RisC) com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS).
As causas são variadas, mas os responsáveis pela pesquisa indicam alguns dos principais motivos, incluindo o aumento da obesidade entre os adultos de uma forma geral nas últimas três décadas, bem como os impactos do marketing de alimentos que não são considerados saudáveis, a falta de uma rotina séria de atividades físicas e dificuldades econômicas dos países em desenvolvimento.
Mas a boa notícia é que a tecnologia também está ajudando bastante as pessoas que precisam lidar com essa doença no dia a dia, que ainda não tem cura. Trata-se de um sensor de monitoramento de glicose, aparelho muito importante justamente para que as pessoas consigam controlar essa variação de açúcar no sangue.
O que é o sensor de monitoramento de glicose?
O monitoramento da variação de glicose no sangue é muito importante para os diabéticos. Como o corpo não consegue produzir insulina suficiente, que é o hormônio que atua justamente na quebra das moléculas de glicose para que essas possam ser aproveitadas e convertidas em energia pelo corpo, existe a necessidade de fazer a administração da própria, acompanhada de outros medicamentos.
O problema é que todos os medicamentos e os tratamentos que os diabéticos fazem podem acabar causando justamente o movimento contrário. Ou seja, as pessoas podem acabar tendo quedas bruscas na quantidade de glicose no organismo, o que traz uma série de problemas.
Por isso que esse monitoramento acaba sendo muito importante. Até pouco tempo atrás ele poderia ser feito furando o dedo para obter uma gota de sangue, que poderia ser lida por um aparelho e indicar a quantidade de glicose presente no corpo. Mas os pacientes poderiam ter acesso a essa informação apenas quando o procedimento era realizado.
A ideia do sensor é justamente oferecer um controle mais efetivo das variações de glicose circulando pelo sangue das pessoas. Ao invés de ter que aguardar o momento que o sangue é obtido e lido pelo aparelho, ele monitora em tempo real, o tempo inteiro, essas variações, oferecendo mais controle e segurança para os pacientes.
Como funciona o sensor de monitoramento de glicose?
O sensor de monitoramento de glicose ainda depende do contato com o sangue da pessoa para obter as informações relacionadas aos níveis de glicose de uma forma geral. Mas, ao invés de depender dos furos constantes, ele funciona através de um dispositivo simples de aplicar, indolor e que é colocado e mantido no corpo do paciente, normalmente no braço.
Esse dispositivo que é anexado ao corpo da pessoa funciona através de um microfilamento que mede os níveis de glicose a cada minuto, utilizando o líquido intersticial sob a pele. Cada leitura apresenta um resultado em tempo real, trazendo um histórico e uma tendência – se a glicose está subindo, descendo ou se mantendo estável.
Esses dados podem ser obtidos através de um outro dispositivo que funciona em conjunto. Basta aproximar os dois para que eles consigam se comunicar, com os dados que estão sendo coletados junto ao sangue sejam transmitidos para um aparelho que permita a leitura.
A forma como esses dados se comunicam com os pacientes varia de acordo com o modelo. Alguns desses modelos podem, por exemplo, enviar os dados sempre que os índices de glicose estiverem fora do que é considerado como normal para as pessoas, emitindo alertas de forma ativa.
Além disso, os usuários ainda podem ter acesso aos dados aproximando o equipamento do sensor que está na pele, com os dados sendo enviados em tempo real.
Tipos de sensores de monitoramento de glicose
Medidores de glicose tradicionais
Esses são aqueles que dependem dos furos nos dedos para obtenção de uma gota de sangue, que faz a análise e informa o nível de glicose. Eles dependem das fitas específicas vendidas para cada modelo.
Medidores Contínuos de Glicose
Eles funcionam a partir de um sensor implantado na pele que mede os níveis de glicose no fluido intersticial, enviando esses dados por um aparelho de monitoramento.
Sensores Flash de Glicose
Também funcionam com um sensor subcutâneo, mas não oferecem leituras contínuas, informando os dados apenas quando o sensor é ativado.
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