Por muito tempo, o tradicionalismo imperou no meio cristão, ao passo que, ao longo dos anos, muitos paradigmas foram quebrados. Muitos cristãos acreditavam que a música evangélica deveria seguir um padrão de “santidade” que estaria diretamente ligada com seu estilo e que por isso alguns ritmos musicais como Rock, Pop, Pop/Rock, e alguns outros mais agitados eram tidos como músicas “satanistas”, assim sendo, a alcunha de Rock Gospel era algo inadmissível. Por sorte os anos fizeram bem e, embora ainda haja certa resistência em determinadas regiões, hoje o panorama já é bem diferente, inclusive com músicas mais badaladas sendo tocadas até mesmo no interior da própria igreja na maioria das regiões do Brasil.
As razões da mudança
Um dos fatores determinantes para a mudança de mentalidade dos cristãos em relação ao Rock, pode-se dizer que foi a própria expansão da internet, ou seja, com mais acesso a informação, diariamente novas pessoas se vêem confrontadas em suas certezas e convicções de modo que, a partir daí, passam a ter o poder de decidir sobre o que é certo e errado com base em duas opiniões distintas, ou de maneira mais clara, não são obrigadas a aceitar o que é imposto dentro das igrejas sem contestar e avaliar até que ponto o que está sendo dito faz sentido.
Outro fator que colaborou para propagação do Rock Gospel e essa quebra de paradigmas foram as próprias bandas de Rock Gospel que se lançaram ao mercado, mesmo em tempos em que imperava o tradicionalismo nas igrejas, podemos citar por exemplo, Banda Resgate, Banda Katsbarnea, Fruto Sagrado, Oficina G3 e Metal Nobre, que “compraram” a causa e se propuseram a expandir o livre pensamento nas igrejas, algo que hoje, anos mais tarde, produziu também seus efeitos.
Banda Resgate
Muitas dessas bandas pioneiras no Rock Gospel, ainda hoje estão na “estrada” realizando belíssimos trabalhos musicais, muitos sendo, inclusive, distribuídos por grandes gravadoras do meio “secular”, o que prova que esse estilo ganhou visibilidade até mesmo além do meio evangélico.
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