O apresentador e debatedor que ficou bastante conhecido na televisão brasileira participando do programa Qual é a Música com o dublador Pablo, Felipeh Campos, causou uma grande polêmica nesta semana envolvendo os torcedores de futebol, especialmente os que torcem pelo Corinthians, um dos grandes times de São Paulo. Tudo isso por conta de uma declaração dada sobre a criação de uma possível torcida organizada criada especialmente para os gays, chamada de Gaivotas Fieis.
Felipeh lançou esta inciativa dizendo que, assim como ele, muitos gays assumidos também gostavam de acompanhar o futebol, mesmo sendo um esporte considerado ainda bastante preconceituoso. Felipeh conta que desde pequeno sempre acompanhou com paixão o seu time do coração e garante que existem muitos gays que frequentam os estádios, mas acabam indo com medo e também tendo que esconder determinados comportamentos, mesmo estando no meio de outras pessoas que torcem pelo mesmo time.
Nos últimos cinco anos, Felipeh tem cultivado o hábito de convidar uma grande quantidade de amigos gays e Corintianos para acompanharem os jogos do seu clube do coração pela televisão. E assim nasceu a ideia de criar uma torcida gay que fosse feita especialmente para homossexuais poderem ir ao estádio e conseguirem se sentir mais seguros.
Mas a primeira reação das pessoas acabou sendo bastante insatisfatória para as ambições de Felipeh. Mesmo ele dizendo que não temia a homofobia dentro dos estádios, Felipeh afirmou que assim que a notícia se tornou pública seu perfil no Facebook começou a sofrer diversos ataques pessoais. Felipeh declarou que acabou tendo que dar parte na polícia sobre as ameaças que estava sofrendo nas redes sociais.
“Aviso aos homofóbicos e idiotas de plantão que estão me ameaçando. Meu Facebook está sendo monitorado pela Polícia Civil no DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa). Para que não tenham dores de cabeça é melhor pararem, depois não reclamem pelo ocorrido”, escreveu Campos na rede social, citando o órgão da Secretaria de Segurança de São Paulo.
Confira um trecho de uma entrevista concedida recentemente por Felipeh sobre o assunto: “Começaram uns ataques bem estranhos e pesados e logo entrei em contato com a Polícia Civil para eles rastrearem as mensagens. Mas se parar para ver, são sempre as mesmas 20 pessoas, esse povo de rede social é desnorteado e isso me preocupa, claro. Mas não vou parar”.
Felipeh declarou também que está recebendo apoio integral tanto da Polícia Civil quanto amigos promotores que estão dispostos a atenderem o apresentador em qualquer situação preocupante que possa acontecer com ele. Felipeh declarou ainda que recuar neste momento seria um sinal de fraqueza e seria também dar razão para as pessoas que estavam atacando.
Vale lembrar também que esta não é a primeira vez que existe um movimento para criar torcidas organizadas apenas com membros homossexuais. Pelo menos dois casos foram registrados na história do futebol recente: um em Porto Alegre, quando foi criado uma torcida gay para torcer pelo Grêmio, e outra no Rio de Janeiro com o Flamengo. Em ambos os casos os grupos sofreram tanto preconceito e tantas ameaças no estádio que acabaram dento que recuar.
Comentários (0) Postar um Comentário