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Coppola recebe homenagem em Tóquio

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Um dos maiores cineastas de todos os tempos e que ainda está na ativa, Francis Ford Coppola, recebeu uma grande homenagem na última terça-feira, dia 15, enquanto estava em Tóquio. O diretor de cinema recebeu de presente na capital japonesa a máquina de escrever que ele deixou na cidade há 35 anos atrás quando gravou o seu filme Apocalypse Now, que acabou se tornando um dos maiores clássicos do cinema na últimas décadas.

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Coppola acabou dando uma entrevista coletiva para os jornalistas da cidade e acabou falando especialmente sobre a grande surpresa que teve ao receber o objeto. Coppola estava no meio de uma entrevista sobre um prêmio que acabou ganhando na cidade quando uma mulher que é a dona de um hotel na cidade de Tóquio no qual Coppola se hospedou apareceu e entregou o objeto para o diretor.

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O diretor explicou que utilizou a máquina enquanto tentava dar sentido ao material que tinha acumulado durante as gravações, nas quais teve que lidar com problemas econômicos, o ataque cardíaco de seu protagonista e tufões que destruíram os cenários. “Estava deprimido e em meio a um desastre financeiro, portanto vim ao Japão para pensar e escrever”, afirmou.

Grande parte da entrevista coletiva que aconteceu na cidade foi dedicada especialmente para relembrar esta importante fase da vida do diretor. A década de 70 sem dúvidas foi a mais rica do profissional em termos de produção, já que naqueles anos ele também lançou “O Poderoso Chefão” (1972), “A Conversação” (

1974) e “O Poderoso Chefão II” (1974). “Essa época agora é vista como uma fase impressionante da minha carreira. Mas todos esses filmes, inclusive “O Poderoso Chefão”, foram recebidos com ceticismo. Na verdade, não me dei conta de que tinha sobrevivido a esse período até 15 ou 20 anos depois”, lembrou.

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Durante a entrevista o diretor também abordou algumas polemicas e também comentou sobre a opinião que a crítica tem dos seus filmes mais recentes. Coppola afirma que escuta muito por onde passa a pergunta de porque seus filmes não seriam mais tão bons como eram antes. Sempre que o diretor escuta esta pergunta, ele geralmente responde que hoje em dia não importa o que ele está fazendo, já que ele realmente só vai conseguir entender como o seu trabalho foi recebido daqui há 15 ou 20 anos, se referindo aos filmes que está fazendo agora.

Coppola explicou que ao completar 60 anos, em 1999, ele decidiu que não queria mais competir com seu “próprio trabalho anterior” e voltou a ser um “estudante” para rodar três filmes “pequenos e raros”: “Velha Juventude” (2007), “Tetro” (2009) e “Twixt” (2011). Dessa forma, ele disse pretender “matar o diretor de todos os filmes anteriores para fazê-lo renascer”. “Esse é o processo no qual estou atualmente. Quando as pessoas me perguntam no que estou trabalhando agora não tenho vontade de contar porque seria uma conversa de cinco horas de duração”, afirmou ao se mostrar esperançoso em relação ao futuro do cinema.


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