E quando o filho sai de casa?

A síndrome do ninho vazio é o mal que atinge pais cujos filhos saem de casa. Os sintomas aparecem mais fortes naqueles que veem seus filhos se mudarem após se casarem ou se tornarem independentes. Mas a síndrome também pode aparecer em famílias que têm filhos estudando no exterior. Lidar com a saudade não é fácil em nenhum desses dois casos. “Existem mães que chegam a elaborar um quadro de luto, uma depressão profunda “, explica o pesquisador de medicina comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ricardo Monezi. Ele diz que é mais fácil de lidar com a síndrome em pais que têm filhos em intercâmbio. Primeiro, porque a princípio distância será por apenas um período determinado. Segundo, porque a separação é reversível, uma vez que há previsão de volta. Para ocupar o vazio da casa durante a ausência do filho, o psicólogo aconselha ouvir música e espalhar fotos que remetam a momentos felizes pela casa. “É preciso preencher não só a casa, como também o tempo, com atividades pró-ativas”, sugere. Natação, meditação e yoga são ótimas neste sentido. Os pais precisam pensar que essa mudança, seja para morar sozinho, casar ou morar fora do país, é importante para o crescimento do filho como pessoa. São experiências que trarão um forte aprendizado e que, por mais que não se deseje essa “distância”, são fundamentais para a formação do caráter e para criar novas responsabilidades na pessoa.