Com o envelhecimento da população de uma forma geral, junto com o registro na redução na quantidade de nascimentos em muitos países, especialmente dentre os mais desenvolvidos, algumas atividades profissionais acabam ganhando mais importância e se tornando importantes oportunidades para quem busca uma profissão.
Os cuidadores de idosos, por exemplo, acabaram se tornando figuras muito importantes e cada vez mais procuradas. Basicamente são profissionais, que não precisam necessariamente ser da área da saúde mas que acabam aprendendo algumas coisas relacionadas, que ajudam a cuidar das pessoas idosas.
Uma das palavras mais importantes que deve ser destacada nesta breve descrição é “ajudam”. Em nenhum momento estes profissionais acabam se tornando completamente responsáveis pelos idosos em si. Eles devem ser vistos como suportes, ou seja, as pessoas que estarão disponíveis para ajudar nas necessidades da população mais velha.
Existem diversas configurações da função, que basicamente dependem das necessidades que o idoso ou que a família identifica para aquela pessoa. Por exemplo, existem idosos que acabam tendo uma saúde razoável e são completamente independentes. Neste caso, o cuidador pode assumir apenas uma função de companhia.
Por outro lado, existem aqueles que acabam necessitando de maiores cuidados, seja por doenças que limitam a sua capacidade de movimentação, ou ainda limitados em relação a capacidade de tomar suas decisões, a partir de algumas doenças que atacam justamente o cérebro. Neste caso, eles vão precisar de atendimentos mais específicos.
Como se tornar um cuidador de idosos
Para as pessoas que estão procurando um nicho profissional, este realmente é um campo interessante, uma vez que a demanda cresce, especialmente nas grandes cidades. De acordo com a atual legislação, não existe a necessidade de ter um diploma de nível superior para que uma pessoa seja cuidadora de idosos, tão pouco um certificado técnico. Também não é exigido a associação em qualquer tipo de sindicato ou outras formas de organizações profissionais.
Mas existem diversos cursos profissionalizantes que acabam sendo encontrados nas cidades e que oferecem um conteúdo interessante para quem pretende começar a trabalhar na área. Nestes cursos as pessoas aprenderão algumas noções de atendimento de saúde, mas principalmente terão conteúdos que vão ajudar a entender melhor essas pessoas e as melhores formas de ajudar.
Perfil do profissional cuidador de idosos
É claro que, assim como qualquer profissão, é muito importante que as pessoas tenham determinadas características no seu perfil pessoal, que geralmente estão relacionadas a forma como elas enxergam o mundo e lidar em situações de estresse. E um dos primeiros aspectos que precisa ser avaliado é se o futuro cuidador realmente gosta de pessoas.
Além disso, existem algumas outras características que são muito importantes, como a empatia, que basicamente é a capacidade que as pessoas devem ter de se colocar no lugar dos outros. Os idosos possuem uma forma de ver o mundo completamente diferente do que os mais jovens, e isso precisa ser compreendido.
Outra característica fundamental é o controle das emoções. Estar diante de um idoso que possui determinadas fragilidades exige que as pessoas consigam estar preparadas para ajudar, e isso só acontece se elas realmente conseguirem se manter calmas em situações que podem gerar estresse ou pressão.
O que NÃO fazer como cuidador de idosos
Para muitas pessoas, a função de um cuidador está bastante clara: ele deve servir como um apoio para ajudar na rotina do dia a dia de uma pessoa mais velha. Mas é comum que famílias, ou até mesmo os próprios idosos, confundam um pouco as funções e acabam exigindo outras coisas que não devem pertencer ao trabalho profissional de um cuidador. Dentre as mais comuns, podemos destacar as seguintes:
Receitar medicamentos ou tratamentos – Tudo o que um cuidador de idosos deve fazer é garantir que a rotina médica seja seguida: oferecer os remédios na hora certa, acompanhar em atividades físicas, etc. Mas o trabalho de receitar é sempre dos médicos;
Cuidar de serviços domésticos – O cuidador não deve assumir as funções de uma empregada doméstica ou de uma faxineira, muito menos de uma cozinheira. Eles devem ajudar com as necessidades dos idosos, e podem até ajudar a aquecer um alimento ou manter um ambiente livre de uma sujeira específica, mas este não deve ser o escopo principal do trabalho;
Servir familiares ou visitas – Mesmo que o pagamento dos honorários seja feito por integrantes da família, o cuidador está ali para cuidar dos idosos, e não das demais pessoas;
Passear com animais – Da mesma forma que o item anterior, o cuidador também não está ali para cuidar dos pets, mesmo que eles pertençam aos idosos. Caso o paciente não tenha condições, uma pessoa da família deve assumir essas responsabilidades.
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