Muitas pessoas acabam iniciando treinamento na academia para ganhar peso, ao invés de emagrecer. É claro que, neste caso, estamos falando de ganho de massa muscular, algo que realmente pode acabar se tornando um desafio para as pessoas, que pode ser tão complicado quanto a perda de peso para pessoas que acabam tendo essa pré-disposição.
Nos últimos tempos, um hormônio acabou se tornando bastante popular entre as mulheres que estão na academia tentando justamente ganhar massa muscular. De uma forma geral, este é um hormônio que acaba tendo também a funcionalidade de um anabolizante no organismo. Na internet, muito começou a se falar sobre ele, inclusive com diversos depoimentos de sucesso.
O problema é que, como acontece com diversos outros produtos que acabam ficando famosos apenas na internet, a Oxandrolona não é recomendada, pelo menos na opinião de uma forma geral entre a comunidade médica, para utilização com fins estéticos. Mesmo assim, existe uma corrente crescente de cada vez mais profissionais indicando a utilização do hormônio em questão.
Para que a Oxandrolona é indicada?
De acordo com suas definições técnicas, a Oxandrolona é um hormônio anabolizante classificado como um andrógeno sintético, ou seja, um tipo de substância que não pode ser encontrado na natureza. Mesmo que tenha sido algo que ficou famoso nos últimos tempos, ele acaba sendo produzido em laboratório desde a década de 1960.
Este hormônio é extraído da di-hidrotestosterona (DHT), um metabólito ativo da testosterona. De uma geral, sua atuação no corpo realmente acaba contribuindo bastante para o crescimento da massa muscular Além disso, ele também ajuda bastante no aumento dos caracteres masculinos, aumentando a quantidade de pelos corporais, barba e alter a voz.
Por isso, este hormônio acabou se tornando um dos principais utilizados pelas pessoas trans masculinas, ou seja, homens que nascem com o sexo feminino e que decidem fazer a transição ao longo da vida. Mas este hormônio também acaba sendo indicado para os pacientes uqe possuem sarcopenia, que é uma síndrome caracterizada pela perda progressiva de massa e força muscular.
Medicamento, e não suplemento
Diante de todas essas características, podemos afirmar que este hormônio deve ser tratado como um medicamento, e não como um suplemento. É um remédio que precisa ser utilizado e deve ser comprado apenas diante de uma prescrição médica controla. O problema é que, diante da fama da sustância, muitos médicos passaram a oferecer este tipo de receita para as mulheres que querem apenas uma definição muscular.
A fama da Oxandrolona também já acabou provocando uma reação de parte das entidades públicas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, em julho do ano passado, a suspensão de sete produtos clandestinos por falta de regularização e pelo descumprimento de Boas Práticas de Fabricação, incluindo medicamentos que tinham como base a Oxandrolona. Estes medicamentos eram vendidos especialmente através de sites de suplementos.
Riscos da Oxandrolona para fins estéticos
Quando este hormônio é utilizado sob supervisão médica para tratamento de Sarcopenia, não existe qualquer tipo de risco. Mas quando ele passa a ser utilizado somente para fins estéticos, realmente podem surgir algumas questões que devem ser observadas.
Um dos principais problemas é o fato de que os suplementos que são produzidos com este hormônio simplesmente não passam pelo processo regular de revisão e autorização para venda no Brasil, como deveria passar qualquer tipo de item, seja suplemento ou medicamento. E isso acaba reduzindo muito a segurança que qualquer pessoa acaba tendo ao ingerir estes produtos, pois elas simplesmente podem nãos saber o que de fato está ingerindo.
Além disso, as mulheres que acabam ingerindo altas doses de Oxandrolona acabam apresentando alguns efeitos colaterais, como o desenvolvimento de acne, queda de cabelo, aumento da oleosidade, virilização das partes íntimas, como o aumento do clitóris e mudanças na feição do rosto, na distribuição de gordura facial.
Tudo isso pode acabar provocando um efeito contrário ao que as mulheres procuram. Ao invés de conseguirem apenas uma definição muscular, mas mantendo uma figura feminina, elas podem acabar ganhando feições masculinas.
Além disso, existem determinados pacientes que correm riscos mais graves ao utilizar o hormônio, tais como hipertensos, cardiopatas, pacientes com alterações hepáticas, portadores de distúrbios de coagulação, gestantes, lactantes, pacientes com histórico de câncer de mama e pessoas com diabetes.
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