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35 anos de Contato Imediato de 3º Grau

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Além de contar com um roteiro e uma estética praticamente impecável, Contatos Imediatos de Terceiro Grau conta com uma adaptação ao seu tempo, invejável, pois em 1977 o mercado estava muito aquecido e empolgado com grandes sucessos do cinema. Surge o extraordinário Guerra nas estrelas de George Lucas o que despertou de maneira bastante feroz tudo o que o público queria ver. A ficção científica era algo que muitos queriam. Todas as pessoas queriam mais histórias em uma galáxia muito distante. E Spilberg, já vinha de uma carga de sucesso com o seu grande mito do cinema Tubarão (1975), filme que lhe trouxe grande sucesso depois de uma década de pequenas produções e também seriados de TV. Esta nova história do diretor era muito aguardada com toda a ansiedade possível.

A história apesar de ser totalmente diferente de Star wars, conseguiu atrair o mesmo interesse do público, sendo capaz de ser o terceiro filme que rompeu a barreira de 100 milhões de dólares nas bilheterias na época, ficando atrás apenas de Tubarão e Guerra nas estrelas. A história já estava sendo trabalhada há vários anos, pelo futuro criador de ET.

O filme Contatos imediatos do terceiro grau foi lançado no ano de 1977, porém a versão lançada nas telonas não agradou Spilberg. Este que mais tarde convenceu o estúdio que precisava o terminar de maneira decente e voltou para rodar cenas adicionais no set. Nos anos 80 foi lançada uma nova versão com 15 minutos originais removidos e doze minutos de inéditos originais adicionais, incluindo o interior da nave mãe no final do filme. A partir deste ponto o cineasta passou a voltar pelo menos mais quatro vezes a fita, cortando pedaços e incluindo outros, até que chegou em uma versão definitiva que foi lançada apenas em 2001. Sendo assim levou quase 25 anos para finalmente aceitar que o seu filme estava pronto, a prova da obsessão do diretor por detalhes mais perfeitos de sua obra.

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Spilberg pela primeira vez teve a oportunidade de contar uma história que tinha interesse em contar há muito tempo, de como seria o primeiro contato dos terráqueos com seres extraterrestres se fossem benévolos. A idéia que foi inspirada em filmes como 2001 – Uma odisséia no espaço (2001, de Stanley Kubrik, 1968) e O dia em que a Terra parou (The DAY THE Earth stood still, de Robert Wise, 1951) foi algo muito melhor, vindo carregada de originalidade, já que na época os OVNIs ainda não haviam sido muito explorados nos cinemas.

Spilberg ainda contou com Dr. J. Allen Hynek (que faz uma ponta no fim do filme), cientista bastante famoso na época em campos de pesquisas ufológicas. Cético declarado havia sido contratado pelo governo dos Estados Unidos para o chamado projeto Livro Azul, que seria dedicado a investigar relatos de abduções e objetos voadores não identificados nos anos 50. Após isso o cientista acabou sendo despedido e decidiu assim continuar sua pesquisa por conta própria. Nesta época que ele emprestou o termo Contato Imediato, que seria título da obra de Spilberg, e seus níveis Primeiro grau – contato visual, Segundo grau – contato com evidências e Terceiro grau – contato físico com um extraterrestre.

A aventura começa de forma bastante perturbadora, onde no deserto da Califórnia, durante uma tempestade de areia, aviões que foram julgados desaparecidos na segunda guerra, surgem sem nenhuma explicação impecáveis. A única testemunha desta chegada de aeronaves é um senhor mexicano que utiliza uma das frases mais famosas do cinema, “O Sol saiu de noite e cantou pra mim”.

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A partir daí seguem diversas aparições de OVNIs, nos radares de controladores de voo, uma solução bastante barata e de impacto para a cena, um navio surge no meio do deserto da Mongólia, e a melhor cena de todas, milhares de indianos cantando uma espécie de mantra “Ré, Mi, Dó, Dó, Sol. De onde veio esse som? pergunta o pesquisador das Nações Unidas Claude Lacombe (François Truffaut, diretor expoente da Nouvelle Vague). Imediatamente milhares de braços em primeiro plano apontam na direção dos céus, cobrindo as figuras dos cientistas.

Depois disso, com vários mistérios somos apresentados aos protagonistas do filme, que devem seguir inabaláveis acontecimentos até o final da trama. Roy Neary (Richard Dreyfuss), um sujeito absolutamente comum, pai de três filhos, enquanto procurava um defeito nas linhas de energia, possui um misterioso encontro com um disco voador em uma rodovia deserta. A imagem é algo poderoso, quase épico.

Outra personagem da história é Jillian Guiler (Melinda Dillon), esta que seu filho, com apenas três anos de idade, foi abduzido pelos seres do espaço, em uma das mais intensas cenas do filme, o que mais tarde seria copiada no cinema e na televisão diversas vezes.

Os protagonistas começam a enlouquecer. Ela desenha uma montanha e ele se empenha em tentar esculpir a formação. A obsessão atinge um grau tão alto que depois de esculpir um prato de purê de batatas, o protagonista ainda esculpe uma gigantesca maquete, destruindo móveis, janelas e mesmo o cercado de patos. Aparece então na televisão a chamada Torre do Diabo, uma montanha que vem sendo evacuada pelo exército americano devido a um suposto vazamento de vírus letal, sendo uma manobra do governo para retirar pessoas comuns da região já que o local foi escolhido pelos alienígenas onde iriam se encontrar pela primeira vez com os humanos.

Os protagonistas partem para a torre, procurando a resposta para a pergunta que nem mesmo eles sabem qual é.

O grande trunfo do filme, vem que até o final, não sabemos as reais intensões dos alienígenas, em algumas cenas existe brincadeiras, outras terror. E apenas no clímax é que se percebe a frase “Não estamos sozinhos”, utilizada para a promoção do filme, significando que temos um irmão mais velho que poderemos contar.

A comunicação realizada através de uma linguagem de cores, luzes e sons, entre os ets e os humanos, abrem uma relação interessante de confiança, trazendo um futuro brilhante para a humanidade.


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