Renault Clio Expression

Levando em conta a carroceria, o novíssimo Renault Clio Expression que deverá pintar por terras brasileiras a partir de 2013, carrega consigo a grande responsabilidade que possui desde 1999 que está no mercado fazendo sempre sucesso porém sem grandes mudanças, apenas para atender as metas de vendas da Renault. Por este motivo ainda não existe um grande interesse da montadora em acompanhar os avanços europeus de gerações, aqui no Brasil ele está na segunda geração, a mesma que já chegou na Europa porém já como o modelo considerado “compacto premium”. Se ainda levar em conta a reestilização de 2001 além das poucas mudanças de 2004, este novo modelo Clio Brasileiro começa a ter sua pré venda divulgada ainda nesta semana, trazendo importantes avanços para os modelos.

Esta afirmação pode ser estranha, devido a uma defasagem tecnológica que sem dúvida alguma é um projeto antigo, porém o jogo da Renault vem dando certo até agora. A média de vendas mensal do Clio era de apenas 1.500 unidades e agora com a renovação a empresa tem uma meta de aumentar em 50% este volume de vendas, ou seja mais de 2.500 unidades, destacou o gerente de produtos da Renault do Brasil, André Bassetto.

A montadora ainda trabalha com um público que conta cada centavo e gastos com o carro. Na ponta do lápis oferece um carro de projeto que já foi pago há muito tempo, e que possui preços sugeridos de R$ 23.290 a R$ 24.950 sem levar ainda em conta a direção hidráulica, o ar condicionado, a pintura metálica. Já em sua versão top de linha, o Expression quatro portas sai pelo valor de R$ 29.260 e as três primeiras revisões deverão ter os custos de R$ 851 para o consumidor, este que deverá ficar preso a uma rede de concessionárias por três anos se quiser conservar a garantia. Além disso é a promessa de ser um modelo mais econômico da categoria.

O Clio não muda tão cedo. Apesar disso as atualizações chegam em horas estrategicamente positivas, a grande concorrência também oferece alguns modelos populares com bons predicados, e ainda o consumidor deste tipo de automóvel, deverá ter mais dinheiro no bolso por meio de crédito.

Após se analisar as melhorias que a Renault fez no carro em um teste realizado no Rio de Janeiro. Esta versão avaliada foi a Top de linha expression., quatro portas, com ar condicionado e direção hidráulica.

O propulsor por exemplo de 1.0 16V foi modificado e deverá gerar o equivalente a 80 cavalos de potência, além de 5.750 rpm (77 cv, com gasolina, a 5.750 rpm) e tem 10,5 kgfm de torque (etanol) a 4.250 rpm (10,1 kgfm, com gasolina, a 4.250 rpm. Sem dúvida alguma o hatch que possui mais fôlego superando todos os seus concorrentes diretos. Ainda não deixa de ser um modelo 1.0 e por isso não espere por respostas grandiosas nas costuradas de trânsito ou mesmo grandes agilidades na estrada.

O que é muito interessante mesmo é o consumo de combustível, que rendeu pelo Inmetro a etiqueta A. De acordo com a Renault, 71 dos componentes foram modificados, no novo propulsor para chegar a um patamar chamado “Hi-Power” (antes, o motor levava o nome Hi-Flex). De acordo com dados divulgados pela montadora, quando abastecida com etanol, a versão que é equipada com ar-condicionado e direção hidráulica faz 9,1 km/l (ciclo urbano) e 9,6 km/l (estrada). Com gasolina, a média de consumo fica em 13,1 km/l (cidade) e 14,3 km/l (estrada). O modelo sem ar e direção roda 9,5 km/l (ciclo urbano) e 10,7 km/l (estrada). Com gasolina, são 14,3 km/l (cidade) e 15,8 km/l (estrada).

Para se ajudar o consumidor a ter a atenção em todas estas marcas, o novo painel de instrumentos ganha novas indicações interessantes, por exemplo, no contador de giros, para que as trocas de marcha sejam realizadas nos momentos que devem ser mais econômicos, a faixa verde deverá indicar o momento de menor consumo.

Já a área branca deverá mostrar o motor em marcha lenta. O espaço delimitado em amarelo deverá significar o momento de maior desempenho do motor.

Os acabamentos internos não mudaram muito, o plástico utilizado é o mesmo, os encaixes das peças também não mudaram, mostram espaços ruins e ainda rebarbas que podem dar um pouco de desgosto, apesar disso os novos revestimentos de portas e painel, bem como o novo console central, o computador de bordo de série e as diversas opções diferenciadas de revestimento, deixam todo esta acabamento um pouco mais simpático, e é possível se notar um cuidado maior com o carro.

Por fora ele deverá ganhar uma enorme grade frontal, além de uma nova assinatura da marca francesa, conta com detalhes interessantes e caprichados, bem como vincos na tampa do porta malas, que acompanham os desenhos de lanterna e alongam a parte traseira. Além de trazer kits de acabamento, que devem animar propositalmente a jovens que compraram ou ganharam o seu primeiro carro.

É possível se utilizar kits de acabamento que abrangem frisos, spoilers, adesivos além de detalhes diferenciados de cor, por dentro e por fora do carro, que vão de valores de R$ 299 a R$ 1.405. De acordo ainda com os gerentes de vendas, eles poderão ser colocados no financiamento se a opção for pelo banco da montadora.

O Clio será um carro popular redondinho, e dentro de sua categoria deverá apresentar boa estabilidade, pouca trepidação, a não ser no manoplo de câmbio, além de seu conforto pelas excelentes ergonomias dos bancos em posição de digirir, uma direção hidráulica bem leve, um bom espaço interno e apesar do câmbio ter as trocas de marcha mais duras, a característica não interfere em nada no desempenho da direção.

O que peca um pouco em segurança é que o carro não oferece ABS nem airbas, os retrovisores são pequenos, prejudicando a visibilidade, e o pior é a altura do cinto de segurança que somente poderá ser ajustada na concessionária, se por acaso passageiros com estaturas diferentes utilizarem o carro, pode ser um problema de segurança.