Não são raros os relatórios emitidos por empresas de segurança em relação a eventuais ataques de hackers em contas bancárias nos últimos anos. Mas, um dos mais preocupantes de todos os tempos em relação ao assunto, talvez tenha sido um emitido pela Kaspersky Labs recentemente.
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Segundo informações do The New York Times, o relatório alerta para um esquema de “assalto digital” que já seria o maior e mais sofisticado da história. Estima-se que os criminosos já tenham ‘furtado’ algo entre US$ 300 milhões e US$ 900 milhões (mais de R$ 2,5 bilhões) até o momento, e ainda estejam operando ao redor do mundo.
Ataque hacker teria roubado cerca de R$ 2,5 bilhões de bancos ao redor do mundo – veja
Em declarações ao The New York Times, o gerente da Kaspersky, Chris Dogget, deu sua opinião quanto à estrutura do ataque. “Esse é provavelmente o mais sofisticado ataque que o mundo já viu até hoje em termos de tática e método que os cibercriminosos têm usado para se manterem escondidos”, afirmou.
Devagar e sempre
Segundo informações do laboratório, o novo e sofisticado ataque acontece há algum tempo e os criminosos agem sem qualquer pressa. Ao que tudo indica eles se infiltram nos computadores dos funcionários dos bancos por meio de malwares, e passam a monitorar as ações e atividades executadas na máquina, identificando assim os padrões de transações realizadas.
Depois de coletar todas as informações desejadas, eles então partem para a ação de retirada, propriamente dita, ou seja, começam a agir no sistema imitando as práticas dos funcionários, eliminando assim eventuais suspeitas.
Durante a retirada, os criminosos também adotam cautela quanto aos valores, as informações apontam que eles jamais teriam feito uma transferência superior a US$ 10 milhões, evitando assim o alarde.
Para apossar de todo o dinheiro e reduzir definitivamente os riscos, os criminosos estariam usando as contas de diversos ‘laranjas’ espalhados ao redor do mundo e realizando os saques das mesmas por meio de caixas eletrônicos.
Apesar de a Kaspersky não ter publicado o relatório na íntegra ainda, estima-se que pelo menos 100 instituições bancárias já tenham sido vítimas dos ataques. E embora a maioria delas esteja aparentemente localizada na Rússia, podem haver também bancos dos Estados Unidos, Japão, Suíça, e outros países.
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