Autismo: Dicas para os pais identificarem nos filhos pequenos

O autismo, ou chamado espectro autista, é considerado como uma condição neurológica que pode afetar qualquer pessoa, desde que ela tenha as devidas características genéticas identificadas como presentes nas pessoas que possuem este tipo de doença. Essas alterações que aconteceu na cabeça das pessoas comprometem a interação social, a fala e também todo o comportamento do indivíduo, o que pode se dar em diferentes níveis.

É considerado pela Organização Mundial da Saúde como sendo um problema de saúde pública mundial, ou seja, algo que existe independente do local onde a pessoa vive e também deve ser encarado pelas pessoas como algo que deve ser enfrentado, especialmente com políticas públicas de inclusão, uma vez que não existe cura para o autismo, apenas tratamentos que podem ajudar no tratamento de alguns dos sintomas.

O termo espectro passou a ser utilizado de forma mais frequente para se referir a este problema de forma específica com o avanço da ciência e também dos conhecimentos de uma forma geral sobre o assunto. Foi possível perceber que existe uma grande variedade de sintomas e comportamentos replicados pelos que possuem este sintoma, podendo ser complicado diagnosticar o mesmo.

A partir do ano de 2013 o termo espectro passou a ser incluído de forma oficial pela OMS, que de acordo com uma série de pesquisas que foram feitas entendeu-se que cada individuo com autismo conta com seu próprio conjunto de manifestações, tornando-o único dentro do espectro.

Para os pais, isso também pode acabar se tornando um fator complicador, uma vez que realmente os pais podem ter muita dificuldade para conseguir entender o que pode ser considerado como autismo e o que pode ser, na verdade, um determinado traço do comportamento dos pequenos.
Confira alguns dos principais sintomas e traços de comportamento que devem ser observados e que podem ser considerados pelos pais na investigação de um possível autismo:

Problemas de interação social

Muitos dos principais sintomas que podem ser observados nas crianças em relação ao autismo está diretamente relacionada com a forma como ela interage socialmente com os que estão ao seu redor. Mas, antes de mais nada, é sempre importante lembrar que estes sintomas devem sempre ser avaliados dentro de um conjunto, pois eles, de forma isolada, podem ser considerados apenas como traços de personalidades.

Dentre os mais comuns podemos destacar os seguintes:

•     Ausência de contato visual.
•     Não reage ao sorriso dos pais ou a outras expressões faciais.
•     Não olha para objetos quando os pais apontam.
•     Não aponta para objetos.
•     Não traz objetos de interesse pessoal para mostrar aos pais.
•     Dificuldade de perceber o que os outros estão pensando ou sentindo através das expressões faciais.
•     Não demonstra preocupação (empatia) pelos outros.
•     Incapacidade ou desinteresse em fazer amigos.

Principais sintomas na comunicação

Além dos problemas que os autistas acabam tendo para conseguir se relacionar com as pessoas que estão ao seu redor e também com as situações como um todo, o problema afeta diretamente a comunicação também. Dentre as principais alterações que podem ser percebidas temos as seguintes:
    Não aponta para objetos quando quer algo ou para compartilhar com outras pessoas.

•     Não fala palavras soltas aos 16 meses.
•     Repete o que os outros falam sem entender o significado (ecolalia).
•     Não responde quando o chamam pelo nome, mas pode reagir a outros sons (como a buzina de um carro).
•     Refere-se a si mesmo como “você” ou “ele”.
•     Muitas vezes, parece não querer se comunicar.
•     Não inicia ou dá continuidade a uma conversa.
•     Não usa brinquedos ou outros objetos para representar pessoas ou a realidade em brincadeiras que usam a imaginação.
•     Pode ter uma boa memória, especialmente para números, letras, músicas ou um assunto específico.
•     Pode perder a linguagem ou outros marcos sociais, geralmente entre os 15 e 24 meses (regressão).

Como é o diagnóstico do autismo?

Este é um diagnóstico que se dá apenas de forma clínica. Ou seja, não existe nenhum exame físico que vai acabar confirmando o problema. Ele se dá por meio de observação direta do paciente e também de uma entrevista que se dá com os pais ou com os cuidadores. Mas sempre deve ser feita por um médico especialista no assunto.