Acompanhantes de internados: confira dicas para ajudar da melhor forma

Ter um familiar ou uma pessoa muito próxima doente e internada em um hospital é algo que normalmente acaba atingindo a todos. Mesmo que as pessoas que estejam doentes realmente são aquelas que estão sofrendo mais, quem está mais próximo deve, em muitos casos, mudar completamente a sua rotina para tentar oferecer algum tipo de cuidado ou de suporte. 

E muitos dos parentes e amigos dos pacientes que acabam precisando de maiores cuidados e de acompanhantes quando estão internados em hospitais e clínicas podem acabar se sentindo um tanto quanto perdidos em relação ao que eles podem e o que não podem fazer. 

E, antes de mais nada, é importante entender também como funcionam os direitos que os pacientes acabam tendo a partir do momento que eles precisam passar uma determinada quantidade de dias internados em um hospital. 

Direitos dos pacientes internados 

De acordo com a lei, todo paciente possui o direito de ter um acompanhante enquanto estiver internado em uma instituição médica. Diferentemente do que muitos acreditem, este acompanhante não precisa ser necessariamente um familiar, podendo ser ainda um amigo ou ainda um profissional que seja contratado na função de cuidador. 

Para os pacientes menores de idade, ou seja, até que eles completem 18 anos, a presença de um acompanhante é obrigatória. Entre 18 e 60 anos, torna-se facultativa e dependerá do tipo de procedimento que será feito. No caso dos idosos, pode ou não ser uma exigência, a partir das condições de saúde e do desejo do paciente.

Quem pode ser acompanhante

Na prática, qualquer pessoa que seja maior de idade pode ser considerada como um acompanhante dentro de um hospital ou qualquer outro tipo de instituição de cuidados médicos. Ou seja, menores de idade não podem ser indicados como cuidadores. Além disso, a pessoa que vai assumir o papel de acompanhante deve estar em plenas condições físicas e mentais. 

De preferência o acompanhante deve ser uma pessoa do mesmo sexo do paciente, mas isso não deve ser um impedimento caso o internado em questão não tenha opções neste sentido. Existe também a menção de uma determinada relação entre a pessoa que será acompanhante e o paciente, podendo ser pessoal, como um familiar ou amigo, ou profissional, quando se trata de um cuidador.

Quais são as funções de um acompanhante de paciente internado?

Os acompanhantes devem ficar atentos para alguns comportamentos e atitudes que são esperadas dele a partir do momento que ele dá entrada no hospital neste papel. Inclusive a equipe médica e demais pessoas que fazem parte do corpo de funcionários do local podem acabar exigindo este tipo de atitude e de comportamento, incluindo os seguintes:

Estar presente durante as visitas médicas para se informar sobre o andamento do tratamento e do estado de saúde do internado de uma fora geral. Além disso, o acompanhante deve receber e seguir as instruções dos médicos, passando as mesmas para demais acompanhantes e familiares;

Criar uma ponte entre o paciente que está internado e os integrantes da equipe médica, entendendo as necessidades de quem está precisando receber os cuidados, repassando queixas e alterações de humor e também ajudando no processo de comunicação, que nem sempre acaba sendo uma tarefa das mais fáceis;

Ajudar em algumas tarefas diárias. Todo mundo sabe a realidade da grande maioria dos hospitais brasileiros, especialmente quando estamos falando do SUS. Por isso, é muito importante que os acompanhantes também auxiliem em tarefas como dar banho, troca de fraldas, monitoramento do processo de administração dos medicamentos, entre outras. Mas, para quem não têm muita experiência, é importante perguntar para os médicos e enfermeiros o que o acompanhante pode fazer para ajudar;

Auxiliar a manter a higiene do espaço também acaba sendo um dos comportamentos esperados de um acompanhante de paciente internado. Após as refeições, por exemplo, ele deve descartar os resíduos nos locais corretos, bem como manter o ambiente organizado. Os cuidados devem ser redobrados a partir do momento que o paciente estiver dividindo o quarto com outros pacientes;

Coisas que o acompanhante nunca deve fazer

• Ficar andando por outras dependências do hospital;
• Falar alto e causar qualquer tipo de incomodo aos pacientes;
• Visitar e manipular outros pacientes;
• Utilizar camas e leitos que são destinadas apenas aos pacientes;
• Oferecer a comida própria ou alimentos adquiridos em outros locais durante a estadia do paciente no hospital;
• Mexer nos equipamentos sem a orientação médica;
• Administrar qualquer tipo de medicamento;