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Como viajar com bagagem de mão e economizar nas companhias aéreas

Técnicas de organização e escolha de roupas versáteis garantem viagens de até duas semanas sem custos adicionais no aeroporto.
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Direto ao Ponto:

  • Conhecer limites de peso e dimensões evita taxas extras no aeroporto
  • Técnicas de organização maximizam espaço e reduzem volume da mala
  • Escolher roupas versáteis e multiuso diminui quantidade de peças necessárias
  • Levar apenas bagagem de mão acelera embarque e desembarque nos voos
  • Companhias low-cost cobram caro por bagagem despachada, mas liberam bagagem de mão

Como viajar com bagagem de mão e economizar nas companhias aéreas
Créditos: Redação

R$ 150, R$ 250, R$ 400. Esses são os valores médios que os brasileiros pagam em taxas de bagagem despachada nas principais companhias aéreas do país. O que muitos passageiros ainda não sabem é que, com planejamento e técnicas simples de organização, é possível viajar dias — ou até semanas — levando apenas a bagagem de mão, sem pagar absolutamente nada além do bilhete aéreo.

A estratégia tem ganhado adeptos no Brasil, especialmente entre viajantes frequentes e turistas que buscam economizar em passagens aéreas e agilizar o processo de embarque. Com as companhias aéreas cada vez mais restritivas em relação ao peso e volume de bagagens despachadas, dominar a arte de viajar leve tornou-se uma habilidade essencial.

Quanto você pode economizar?

As tarifas de bagagem despachada variam conforme a companhia aérea, o destino e o tipo de bilhete adquirido. Em voos domésticos, o custo médio para despachar uma mala de 23 kg fica entre R$ 80 e R$ 150 por trecho. Já em voos internacionais, especialmente em companhias de baixo custo, a conta pode ultrapassar R$ 300 por mala.

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Para quem viaja em família, os números são ainda mais expressivos. Um casal com dois filhos que despacha quatro malas em um voo internacional pode gastar facilmente mais de R$ 1.000 apenas em bagagens — valor suficiente para custear hospedagem ou passeios no destino.

Por outro lado, a bagagem de mão permanece gratuita na maioria das companhias aéreas brasileiras e internacionais, com limites que geralmente permitem uma mala de até 10 kg e uma bolsa ou mochila pequena.

Conheça os limites de cada companhia

Antes de arrumar a mala, o primeiro passo é verificar as regras específicas da companhia aérea escolhida. Os limites de peso e dimensões variam, e conhecer essas especificações evita surpresas desagradáveis no check-in.

Na Latam e na Gol, por exemplo, a bagagem de mão pode ter até 10 kg e dimensões máximas de 55 cm x 35 cm x 25 cm. Já a Azul permite o mesmo peso, mas aceita dimensões ligeiramente maiores. Companhias internacionais como Ryanair e EasyJet costumam ser ainda mais restritivas, aceitando apenas mochilas pequenas na cabine sem custo adicional.

Além da mala principal, a maioria das empresas permite um item pessoal adicional, como bolsa, mochila pequena ou pasta de notebook. Esse espaço extra pode fazer diferença na hora de organizar objetos de valor e documentos importantes.

Técnicas para aproveitar cada centímetro da bagagem

A diferença entre conseguir ou não viajar apenas com bagagem de mão está, em grande parte, na forma como você organiza os pertences. Especialistas em viagens recomendam técnicas específicas que otimizam o espaço e protegem as roupas.

O método de enrolar as roupas, por exemplo, economiza até 30% mais espaço do que dobrá-las convencionalmente. Além disso, peças enroladas tendem a amassar menos durante o transporte. Outra estratégia eficiente é utilizar organizadores de mala ou cubos de compressão, que segmentam os itens por categoria e facilitam o acesso rápido.

Sapatos devem ser preenchidos com meias, roupas íntimas ou acessórios pequenos, aproveitando o espaço interno. Já objetos rígidos e eletrônicos precisam ficar nas laterais da mala para evitar danos. Produtos de higiene líquidos devem ser transferidos para frascos de viagem de no máximo 100 ml cada, seguindo as normas de segurança aeroportuária.

Escolha o guarda-roupa certo para a viagem

A seleção de roupas é o ponto crucial para quem pretende viajar apenas com bagagem de mão. O segredo está em escolher peças versáteis e multiuso, que possam ser combinadas de diferentes formas e usadas em várias ocasiões.

Opte por roupas em cores neutras (preto, branco, cinza, azul-marinho) que combinam facilmente entre si. Uma calça jeans escura, por exemplo, pode ser usada durante o dia com camiseta e à noite com uma blusa mais elegante. O mesmo vale para vestidos que funcionam tanto para passeios quanto para jantares.

Tecidos que não amassam facilmente, como poliéster e misturas sintéticas, também são aliados importantes. Além disso, leve apenas um par de sapatos nos pés e outro na mala — de preferência modelos confortáveis que sirvam para caminhar e para ocasiões mais formais.

Para viagens mais longas, considere lavar roupas durante o percurso. Muitos hotéis e hostels oferecem serviços de lavanderia, e peças leves secam rapidamente no varal do quarto.

Itens que merecem prioridade na mala de mão

Alguns objetos devem sempre estar na bagagem de cabine, independentemente do destino. Documentos, dinheiro, cartões, eletrônicos e medicamentos de uso contínuo nunca devem ser despachados, pois há risco de extravio.

Uma troca de roupa completa na bagagem de mão também é recomendada, especialmente em voos com conexões. Caso a mala despachada se perca ou atrase, você terá ao menos uma opção para as primeiras horas no destino.

Carregadores de celular e notebook, fones de ouvido e itens de higiene básica (escova de dentes, desodorante em tamanho de viagem) garantem conforto durante voos longos. Já objetos de valor como joias e câmeras fotográficas profissionais devem permanecer sempre com o passageiro.

Vantagens além da economia

Viajar apenas com bagagem de mão não significa apenas cortar custos. A praticidade de não precisar despachar volumes traz uma série de benefícios que melhoram significativamente a experiência de viagem.

O tempo economizado no aeroporto é considerável. Sem a necessidade de esperar na fila para despachar bagagem e, posteriormente, aguardar na esteira de desembarque, o passageiro ganha até uma hora em cada trecho. Em viagens com conexões apertadas, isso pode fazer a diferença entre perder e pegar o próximo voo.

Outro ponto importante é a eliminação do risco de extravio de bagagem. Segundo dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), milhões de malas são extraviadas anualmente em todo o mundo. Ao manter seus pertences sempre à vista, você evita o transtorno de perder dias de viagem esperando a devolução da bagagem.

A mobilidade também aumenta. Carregar apenas uma mala pequena facilita deslocamentos em transporte público, caminhadas entre terminais de aeroportos e check-ins rápidos em hotéis. Para quem gosta de flexibilidade, é possível mudar planos de última hora sem se preocupar com malas pesadas.

Erros comuns que devem ser evitados

Mesmo viajantes experientes cometem deslizes que comprometem a estratégia de viajar apenas com bagagem de mão. Um dos erros mais frequentes é levar roupas "por precaução" — aquela blusa extra que provavelmente não será usada ou o segundo casaco "caso esfrie demais".

Outro equívoco comum é esquecer as restrições de líquidos. Perfumes, cremes e shampoos em embalagens grandes precisam ficar na bagagem despachada ou ser descartados na inspeção de segurança. A regra internacional permite líquidos de até 100 ml por frasco, todos acomodados em um saquinho plástico transparente de no máximo um litro.

Comprar souvenirs volumosos durante a viagem sem planejar espaço na mala é outra armadilha. Se pretende trazer presentes ou produtos do destino, reserve um pequeno espaço na bagagem de ida ou considere enviar itens maiores pelos correios.

Quando vale a pena despachar bagagem

Apesar das vantagens de viajar leve, existem situações em que despachar bagagem pode ser mais conveniente. Viagens longas com mais de duas semanas, destinos com climas extremos que exigem roupas volumosas ou situações que envolvem equipamentos especiais (mergulho, esqui, fotografia profissional) justificam o custo adicional.

Famílias com crianças pequenas também podem ter dificuldade em restringir tudo à bagagem de mão, considerando a necessidade de fraldas, mamadeiras e brinquedos. Nesses casos, uma alternativa é que um dos adultos despache uma mala compartilhada enquanto o outro viaja apenas com bagagem de cabine.

Para viajantes que pretendem fazer compras no destino, despachar bagagem na volta pode ser inevitável. Nesse cenário, considere contratar o serviço apenas no trecho de retorno, economizando pelo menos metade do valor.

O importante é avaliar cada viagem individualmente e fazer escolhas conscientes sobre o que realmente precisa ser levado. Com planejamento adequado e técnicas de organização, viajar com bagagem de mão se torna não apenas viável, mas uma forma inteligente de economizar e ganhar praticidade.


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