Com a proximidade do final do ano, muitas pessoas já começam a aguardar pelo aumento do valor do salário-mínimo praticado no Brasil. Tradicionalmente, o governo federal anuncia um reajuste ao longo do mês de dezembro, aplicado já a partir do dia 1º de janeiro. Com isso, todos os profissionais, aposentados, pensionistas e beneficiários que recebem esse valor acabam tendo direito a essa atualização.
O reajuste do salário-mínimo para o ano de 2025 ainda não foi confirmado, uma vez que depende do anúncio do governo, que faz uma pesquisa levando em consideração dados de pastas importantes da administração da nação, como o Ministério da Economia. Mas existem algumas informações que podem ser levadas em consideração para prever o reajuste.
Quanto será o valor do salário-mínimo em 2025?
Atualmente, o valor do salário-mínimo praticado no Brasil é de R$ 1.412,00, definido no último dia 1º de janeiro deste ano de 2024. Para o próximo ano, existe uma expectativa de que esse valor chegue a R$ 1.521,00. Esse valor é uma projeção baseada nas regras atuais que devem ser levadas em consideração para definir o quanto será pago.
O cálculo acaba levando em consideração algumas informações importantes da economia nacional de uma forma geral, incluindo:
- Inflação acumulada (INPC), que garante a reposição do poder de compra;
- Crescimento do PIB de dois anos anteriores, que adiciona um ganho real ao valor.
Esse dado é obtido através de uma estimativa divulgada pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. Inicialmente, existia uma previsão de que esse valor seria um pouco menor, de R$ 1.509. Inclusive, esse valor mais baixo acabou sendo enviado como previsão no orçamento que foi enviado para o Congresso Nacional.
O valor novo, caso seja confirmado em R$ 1.521,00, representa um aumento de R$ 109 em relação ao valor atual de R$ 1.412. Caso confirmada essa previsão, o reajuste será de 7,71%, e a nova quantia passará a ser paga a partir de fevereiro de 2025.
Impacto do salário-mínimo
O salário-mínimo nacional, definido pelo governo federal, acaba tendo um importante impacto na economia do país de uma forma geral. Mesmo que existam outros valores definidos como salários-mínimos nos estados da federação, o valor federal acaba servindo como base e referência.
Teoricamente, nenhum brasileiro que trabalha prestando serviços para empresas dentro do regime CLT pode receber um valor menor do que o salário-mínimo previsto pelo governo federal. As empresas que pagam valores acima desse não são obrigadas a oferecer esse reajuste para seus funcionários, mas, na maioria dos casos, esses valores acabam aumentando junto.
De acordo com dados de pesquisas econômicas, atualmente o salário-mínimo acaba tendo impacto direto na vida de 59,3 milhões de pessoas no Brasil, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Além dos trabalhadores que recebem o piso, aposentadorias e benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) também estão atrelados ao salário-mínimo, afetando grande parte da população.
Aumento da margem do consignado
Outro impacto importante na economia, sentido pelos brasileiros a partir do momento em que o governo federal define um novo valor de salário-mínimo, é um consequente aumento na chamada margem do consignado. Esse valor permite que as pessoas, na prática, consigam obter novos empréstimos nesse regime, que é um dos mais populares e utilizados do país.
O empréstimo consignado é aquele cujos valores das parcelas acabam sendo descontados diretamente da folha de pagamento do cliente do banco ou da instituição financeira. Com isso, o valor não chega a ficar disponível na conta corrente do cliente, diminuindo bastante as chances de inadimplência.
Esse tipo de garantia torna esses empréstimos muito mais baratos para o consumidor, com taxas e juros menores do que as linhas de crédito que tomam como garantia apenas o nome e o histórico dos consumidores. Beneficiários e aposentados pelo INSS estão entre os que mais possuem acesso a essas ofertas.
Mas, para evitar o chamado superendividamento, que é quando as pessoas comprometem boa parte dos seus rendimentos apenas com o pagamento de parcelas de empréstimos, o governo criou uma trava de segurança que é a margem do consignado. Com isso, as pessoas podem comprometer somente uma porcentagem dos seus ganhos com o pagamento das parcelas.
De acordo com as regras definidas atualmente, os beneficiários, pensionistas e aposentados pelo INSS podem comprometer, no máximo, 35% da sua renda com o pagamento das parcelas, levando em consideração todos os contratos de empréstimo consignado feitos. Além disso, outros 10% são destinados a outras operações consignadas, como cartão de crédito e outros tipos de descontos.
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