Cinema não é indústria, é arte" diz Domingos Oliveira, homenageado na Mostra de SP

O carioca Domingos oliveira é daqueles que leva à risca a expressão “sétima arte”, usada como sinônimo para o ato de se fazer filmes.”Cinema não é indústria, é arte”, diz o diretor de 76 anos, para criticar o novo cenário do mercado brasileiro, que privilegia grandes produções, principalmente as do exterior.
Preste a ser celebrado pela Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, o cineasta vai receber o prêmio Leon Cakoff, antes conhecido como prêmio Humanidade, renomeado depois da morte do criador do festival, nesta quinta-feira (25) às 21h20 no CineSesc. Esta homenagem será prestadas entre as sessões do filme “Primeiro Dia de Um Ano Qualquer” e “Paixão e Acaso”, ambos exibidos em sequência no local.
Domingos reconhece o valor das comédias populares e por isso é defensor de um cinema com função social,em alta no país como por exemplo no caso de “Até Que a Sorte Nos Separe”. “Não sou contra esse tipo de filme, ele deve ser feito”, afirma Oliveira, para em seguida revelar aquilo que o incomoda. “Só que o financiamento do governo não deveria ir somente para esse tipo de produção.”