Por longos anos o mercado automobilístico brasileiro soou como um verdadeiro convite às montadoras de todo o mundo, afinal, tratava-se de um mercado em franca ascensão e com grande perspectiva de futuro. Apesar de o mercado ainda considerado promissor por muitas empresas, o fato é que nesse ano de 2014 o setor começa a sentir os primeiros sinais de uma retração prevista por especialistas há algum tempo.
Segundo os dados publicados recentemente pela “Folha”, os primeiros cinco meses do ano registraram queda de 5,2% nos emplacamentos de carros de passeio e comerciais leves, o que em linhas gerais significa uma considerável redução nos índices de vendas no período. Diante desse cenário muitas empresas do setor têm optado pela realização de vendas diretas, que em tese, minimiza os efeitos da retração.
Feirão de carros: marcas buscam reduzir estoques com vendas diretas ao cliente
O sistema de vendas diretas consiste na oferta direta de veículos a pessoas jurídicas (empresas), entretanto, para que tal oferta se torne atrativa ao público a que se destina, as marcas precisam abrir mão de parte de seus lucros, reduzindo assim drasticamente os preços cobrados em seus veículos.
Apesar dessa ser uma alternativa viável, não é nem de longe a ideal para as montadoras, servindo tão somente como uma medida temporária cujo objetivo é minimizar os efeitos da retração. Esse tipo de medida já tem sido observada no Brasil desde o início do ano, sendo ela inclusive a maior responsável pelo avanço nas vendas da picape Strada, da Fiat, no mês de Abril.
No período, a picape chegou a registrar o emplacamento de 13.017 unidades, ultrapassando até mesmo o volume de vendas do Volkswagen Gol, que é o líder de vendas do setor. Apesar dos bons índices, cerca de 73,5% do volume total das vendas foi parar em frotas de empresas dos mais diversos setores, segundo matéria da “Folha”.
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