Levando em conta todas as séries de ficção científica criadas por J.J Abrams, nos últimos anos, nenhuma é tão semelhante a Lost quanto Revolution, que é a ambiciosa e cara novidade de NBC que deverá ainda em breve deverá lançar os episódios aqui no Brasil. O canal Cinemax deverá receber a série na grade de sua programação por se tratar de um conteúdo de ação e violento em tv por assinatura fechada. A divulgação da série aconteceu de forma pesada, e foram espalhados cartazes em todo o centro de San Diego e exibiu o episódio-piloto aqui na Comic-Con 2012.
A história envolve uma situação muito interessante de pré-civilização, onde um novo grupo de sobreviventes de um desastre deverá aprender a se reorganizar de forma social em um mundo que andou para trás em estado primário, onde existem novas regras e novas leis que são estabelecidas a todo o tempo. Antigamente algo semelhante com a ilha de lost que era aparentemente deserta, agora a história é sobre um planeta inteiro sem energia elétrica. Onde no episódio piloto podemos ver Chicago 15 anos depois de ter acontecido o blecaute mundial, com seus diversos pontos turísticos como o Wrigley Field, o Chicago Theatre, a pizzaria Lou Malnati’s que foram tomados por plantas e pela natureza.
A protagonista, que é candidata a musa das séries, sendo considerada uma atriz esforçada, a canadense Tracy Spiridakos faz a protagonista, Charlie Matheson, e seu irmão Danny (Graham Rogers) saem em busca de um de seus tios que está perdido, Miles Matheson (Billy Burke), depois de um acontecimento muito importante, seu pai é morto pela Milícia, em uma organização paramilitar que parece mandar no mundo que não tem governos. A família Matheson deverá ter a chave, que na verdade é um pendrive, que poderá explicar e resolver também os problemas de falta de energia. Este é o grande trunfo da série, pelo menos por sua primeira temporada.
No final do piloto é possível se encontrar uma grande semelhança com a série Lost, porém com um pouco mais de elaboração.
Apesar da NBC jogar a série com o nome de J.J. Abrahms em sua produção e divulgação, o produtor principal e roteiristas de Revolution é Eric Kripke, criador da série Supernatural. O sucesso da série irá depender da medida e equilíbrio de coisas, assim como o talento que já foi comprovado por Kripke, que escreveu uma série excelente de ficção de apelo popular misturando diversos gêneros interessantes, que fazem parte do imaginário das pessoas como Supernatural. A série que ao longo dos anos ganhou diversos seguidores, com um caldo de horror, comédia, ação e metalinguagens presentes. O piloto de Revolution deverá mostrar que terá espaço para todo este tipo de versatilidade.
No primeiro episódio, já é possível se ter uma idéia, e é dirigido por Jon Favreau, que para quem não conhece, realizou uma adaptação excelente para os cinemas de “Homem de Ferro”. No primeiro episódio existem duelos de espadas, além de usar do melhor estilo Errol Flynn, e mais tiroteios, caçada na mata (arco-e-flecha está mesmo em voga), conspirações, triângulos afetivos, tudo o que as novelas da Globo deveriam realizar. Apesar desta série ser considerada de ficção científica, apelando a falta de energia, dá a Revolution a oportunidade de se pegar uma carona na moda medieval, que é a moda do momento como Game of Thrones, Once Upon a Time, entre outras)
O vilão carismático, é muito interessante, Giancarlo Esposito, o Gus de Breaking Bad, um grande candidato que possui um inconfundível jogo de sobrancelhas. Devemos ter um candidato com uma boa história para se explorar na temporada. Várias pessoas deverão desprezar a série Revolution, mas para se desprender de Lost a série mostra que a proposta éinteressante, começando com um mesmo potencial pop devendo inclusive ainda surpreender muitas pessoas, é o que promete Erik Kripke.
A série vai desde um grupo de personagens lutando para sobreviver em um mundo onde todas as formas de energia deixaram de existir de forma misteriosa com uma premissa bastante interessante, mas já no seu início apresentam algumas falhas, que se espera que sejam explicadas nos episódios a seguir.
O foco principal da série, que é o presente, que ocorreu 15 anos depois do apagão, é uma parte um tanto monótona, por não dizer cansativa, daquelas séries que você olha para ter sono em uma noite de insônia, porém conforme passam os episódios, estas situações começam a criar forma, deixando um ar de mistério e apreensão, como se algo fosse acontecer a qualquer momento.
O ponto forte são os flashbacks, que acontecem seguidamente para contar por qual motivo aquele personagem específico está tendo determinada atitude. Estes pontos são bastante interessantes pois faz você criar vínculos em um primeiro momento com a história e não com os personagens, o que é a proposta correta de uma série.
De acordo com o criador Kripke, a série é mais um drama cheio de mistérios, conquistando os eternos fãs de Lost, FlashForward e The Event.
A série possui uma boa audiência e está longe de ter diálogos ou atuações impecáveis, porém oferece mistérios bem estruturados e intrigantes. O criador da série, diz que diferente de outras séries, a causa do apagão poderá ser revelada antes do final da temporada, preferindo que isso seja respondido o mais rápido possível para se levantar outras questões, abrindo assim portas para situações maiores.
A resposta deverá estar em toda a parte, inclusive a morte de uma personagem muito importante para a trama, mostrando assim que o mundo tem riscos muito altos, em um mundo muito perigoso pois você não está próximo de ajuda alguma.
A partir do episódio 10 deverá ter acabado o primeiro prólogo e será o início de outro capítulo, e explorar o por que a série irá se chamar Revolution finalmente.
O misterioso objeto, que oferece fontes de energia e se apaga misteriosamente também deverá aos poucos ser explicado, sendo uma chave para um ponto interessante da história, diz o criador da Série.
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