O fotógrafo americano Timothy Archibald realizou um projeto fotográfico com imagens de seu filho Elijah, que tem autismo. Archibald sentia que não estava exercendo seu papel como pai de maneira interessante, se sentindo muito afastado, desconectado de seu filho, que na época que começou a fotografar tinha somente 5 anos. Muitas vezes ele se questionava sobre a razão da condição de seu filho, se Elijah deveria tomar medicamentos ou não.
E foi exatamente por essa falta de comunicação que existia entre o pai e o filho com autismo, que Archibald iniciou o projeto Echolilia. Desde então, o pai começou a fotografar o filho. O projeto se transformou em um livro com 43 fotos, no qual registra alguns dos rituais repetitivos de Eli, como o fotógrafo chama carinhosamente o filho.
O nome que Archibald deu ao projeto provém da palavra Ecolalia, termo técnico usado para indicar a repetição de sons e frases muito comum entre crianças com autismo, incluindo crianças que podem falar e frequentam escolas regulares, que é justamente o caso do nosso garoto Eli.
A UNIÃO
O projeto se tornou algo de ambos. A partir do momento que o pai começou a fotografar parece que a união que faltava veio a tona. “Foi como se finalmente tivéssemos algo em comum, juntos. Meu papel como líder mudou. Me transformei em amigo e era isto o que ele precisava naquele momento.”, disse o pai.
“O que aconteceu com Eli e eu é que logo conseguimos uma base, uma história compartilhada. É como quando você sofre um acidente de carro e só você e seu amigo sobrevivem, é criado um vínculo, ocorre uma aproximação. Aconteceu isto quando Echolilia nasceu e não existia nenhuma ligação entre nós”, disse o fotógrafo.
Nos dias atuais, Eli já tem 11 anos e já tem seus próprios interesses pessoais. Agora pai e filho mostram que a fotografia pode mudar as nossas vidas. Então, fica a dica para os pais, não deixe de se conectar o máximo que puder com seu filho!
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