Na última sexta-feira, dia 16 de junho, um fato muito raro acabou sendo registrado no estado de São Paulo: ocorrências de tremor, conhecidas também como terremotos, mas em uma escala muito menor do que as pessoas pensam quando a palavra acaba sendo mencionada. De acordo com as informações que foram registradas, os tremores foram sentidos por pessoas que estavam na Baixada Santista, no litoral de São Paulo e também em cidades do Vale do Ribeira, que ficam localizadas no interior.
Além da situação completamente atípica, uma outra informação correlata que também passou a circular pelas redes sociais também chamou a atenção bastante. Muitos usuários de smartphones com o sistema operacional Android afirmaram terem recebidos um aviso de que poderia acontecer um terremoto naquelas regiões.
Aconteceu um terremoto em São Paulo?
Depois que pessoas sentiram os tremores nas regiões e muitas câmeras acabaram fazendo imagens dos movimentos involuntários que aconteceram no solo, especialistas começaram a fazer pesquisas com o objetivo de entender melhor o que tinha acontecido, uma vez que o Brasil não está localizado em uma região propicia para a ocorrência deste tipo de desastre.
De acordo com uma análise que foi feita pelos especialistas do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), os tremores que foram registrados no estado de São Paulo não podem ser considerados como um terremoto propriamente dito. Em termos de escala internacional, o abalo foi considerado como de 4.0º na escala Richter.
O Centro de Sismologia da USP afirmou ainda que o epicentro do tremor registrado no estado de São Paulo estava entre as cidades de Miracatu (25 km), Iguape (28 km) e Itariri (32 km), numa área pouco habitada. Em nota, a situação foi definida da seguinte forma:
"Os tremores que acontecem no Brasil não são considerados terremotos. Terremoto é quando é catastrófico. Mas esses tremores que acontecem no meio das placas tectônicas, em uma condição intraplaca [como no caso do Brasil], de magnitude 2 ou 3, são mais costumeiros.”
Os especialistas afirmam ainda que abalos de grau 4 são considerados como muito raros, especialmente em regiões consideradas como mais habitadas. E, mesmo quando acontecem, estes acontecimentos acabam não apresentando grande riscos nem para as pessoas de uma forma geral e nem para a estrutura do local.
Como funciona o alerta de terremotos do Android
Mas muitos usuários de smartphones que estavam nas regiões próximas acabaram sendo surpreendidas com um aviso de um possível terremoto que aconteceria naquela região. A grande maioria das pessoas que acabaram se deparando com a notificação na tela do seu telefone acabaram passando batido, até mesmo porque nunca tinham recebido nada parecido no seu telefone. Existem ainda aqueles usuários que acharam ser um engano de parte do sistema.
Depois do registro dos alertas, as pessoas acabaram buscando mais informações sobre a presença deste tipo de sistema de alerta, que de fato está presente em grande parte dos telefones que contam com o SO desenvolvido pelo Google.
Basicamente a tecnologia está ligada a outros dispositivos muito comuns nos smartphones, que são os acelerômetros. Basicamente são as peças do telefone que permitem com que ele detecte determinados movimentos que acontecem com o aparelho, que conseguem identificar os passos que as pessoas estão dando, etc.
Os acelerômetros basicamente são chips criados com o objeto de detectar vibrações e velocidades de uma forma geral. A partir do momento que o telefone identifica um determinado tremor, o aparelho envia um sinal para os servidores de detecção de terremotos do Google, juntamente com a localização do aparelho naquele momento.
O Google afirma que este servidor conta com um algoritmo que permite com que sejam combinadas diferentes informações dos outros smartpthones que estão na mesma região com o objetivo de confirmar se de fato está acontecendo algum tremor no local. Após a confirmação dos dados, o Google envia um alerta para os smartphones que estão na região, informando a situação.
Comentários (0) Postar um Comentário