A literatura brasileira é considerada muito rica, com livros que acabaram se tornando grandes clássicos e que inspiraram a literatura do mundo exterior, na mesma forma que os autores do Brasil se inspiraram muito nos movimentos literários que aconteceram ao longo da história do planeta.
Os livros que se tornaram clássicos no Brasil são importantes para os estudantes em diversos aspectos. Antes de mais nada, as obras são exemplos da forma correta do uso da língua portuguesa de acordo com as regras e convenções do seu tempo, o que sempre acaba sendo uma forma interessante de perceber como a nossa língua muda.
Além disso, essas obras também acabam dando um panorama muito rico da sociedade brasileira em uma determinada época. Mesmo os livros de ficção acabam abordando cenários sociais que, na maioria dos casos, eram realidades para os autores na época em que as obras foram escritas, e situações e assuntos que eram importantes de ser discutidos.
Por isso essas obras realmente são muito importantes e geralmente cobradas dos estudantes em provas do Vestibular e Enem. Confira alguns dos maiores clássicos da literatura brasileira:
Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga
Livro que pertence ao período conhecido como arcadismo brasileiro e traz versos inspirados em uma história contada praticamente em primeira pessoa, já que n narra o amor do autor por uma jovem mineira. Os elementos bucólicos e a forma como o narrador exalta a figura de uma outra pessoa acabou tornando este livro importante.
Morangos mofados, de Caio Fernando Abreu
Obra moderna que é um compilado de contos deste importante autor e dramaturgo brasileiro e que retrata muito bem as preocupações e os anseios de uma geração eu passou pela revolução de costumes das décadas de 1960 e 1970 e que também passou por um dos períodos mais tristes da história do Brasil, que foi a Ditadura Militar. A obra foi publicada originalmente no ano de 1982.
Noite na taverna, de Álvares de Azevedo
Obra gótica deste jovem poeta que se tornou conhecido por trazer em suas obras elementos muito chocantes para sua época, como sexo, violência e morte. Mas ele também se torna muito eficiente no momento em que faz reflexões sobre a própria existência, em um tom que se mantém atual até os dias de hoje. A história central gira em torno de jovens boêmios que se reúnem uma taverna para beber e contar suas experiencias trágicas e imorais.
A hora da estrela, de Clarice Lispector
Mais um clássico moderno, um livro que traz o gênero de novela literário, que posteriormente se tornaria um dos mais populares entre os leitores. Uma das principais características do livro é a sua metalinguagem, já que o livro apresenta um narrador, chamado RodriGo S. M., que narra o próprio processo de criação do seu personagem principal, a nordestina Macabéa. O final trágico da personagem principal também é uma das marcas registradas da obra.
O navio negreiro, de Castro Alves
Poema romântico que constantemente aparece como um dos melhores exemplos de como a questão a escravidão no Brasil foi retratada nas obras literárias. O autor era um abolicionista assumido, portanto o seu livro é uma grande crítica ao sistema que, na época, era algo comum na sociedade. A obra é de 1868; portanto, 18 anos depois da promulgação da Lei Eusébio de Queirós, que proibiu o tráfico de escravos. O autor se utiliza de uma narrativa chocante para descrever os horrores que os negros escravos viviam.
O tempo e o vento, de Erico Verissimo
Considerado como uma das maiores epopeias literárias da história da literatura brasileira, é um livro de ficção com forte caráter histórico que narra 200 anos de história do estado do Rio Grande do Sul. Desse modo, a narrativa se passa entre os anos de 1745 e 1945. Dividida em sete volumes, seu principal espaço de ação é a cidade fictícia de Santa Fé. O livro conta com alguns personagens que se tornaram marcantes na história brasileira, como Ana Terra e Capitão Rodrigo.
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
O maior ator brasileiro não poderia ficar fora da lista. Sua obra quase que completa poderia ser citada, mas este livro se tornou um dos mais clássicos e importantes, considerado como o ápice do movimento conhecido como realismo brasileiro. Ele narra a história do homem que dá título ao libro, narrador da sua própria narrativa e que é um defunto, contando a sua história a partir da perspectiva de um morto.
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