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Paulo Maluf: condenado e procurado pela Interpol, mas é "Ficha Limpa"

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O deputado Paulo Maluf, uma das figuras mais emblemáticas da política brasileira e um dos maiores representantes da impunidade nacional, recebeu mais um duro golpe. Depois de ter o seu nome incluído na lista dos procurados pela Interpol, o que impede que o deputado consiga sair do Brasil sem ser preso em outros países, Paulo Maluf acabou sendo condenado pela Justiça de São Paulo.

Na verdade, a decisão que acabou sendo tornada pública esta semana é a de manter uma outra condenação que já havia sido decidida pelo crime de improbidade administrativa e também por ter superfaturado obras quando era prefeito da cidade de São Paulo. A condenação em 1ª instância foi mantida.

De acordo com a decisão desta corte que julgou a matéria em 2ª instancia, o deputado foi condenado a pagar o valor de 21 milhões de reais. O processo que estava correndo na justiça era em relação a desvios de verba pública durante a construção do Túnel Ayrton Senna. Além da multa, o deputado ainda foi condenado a perder todos os seus direitos políticos por cinco anos. Mas a defesa do deputado alegou que ainda pode recorrer da decisão.

Saiba mais sobre o caso

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O deputado Paulo Maluf está respondendo na justiça as acusações que foram formalizadas pelo Ministério Público em relação a possíveis desvios de dinheiro nas obras da Avenida Água Espraiada, construída nos anos 90 e depois rebatizada como Avenida Jornalista Roberto Marinho, e o Túnel Ayrton Senna.

As investigações que foram feitas pelo MP Paulista indicavam que a prefeitura teria aceito preços de equipamentos, materiais de construção e de mão de obra por um valor muito acima do que o mercado estava praticando na época. Os preços foram apresentados pelas empreiteiras Constran e CBPO. Reynaldo de Barros, que na época era presidente da Emurb na época, também foi condenado.

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A investigação consegue mostrar que uma boa parte do dinheiro que era investido nesta obra iam parar em contas de laranjas utilizados por Maluf. Além disso, boa parte do dinheiro levantado acabou sendo enviado para o exterior com a ajuda de doleiros. Apesar das desconfianças em relação possíveis desvios de dinheiro durante a gestão do prefeito, as provas realmente só apareceram quando dois funcionários da empreiteira Mendes Júnior, envolvida na construção de Água Espraiada, entregaram provas para o MP.

Em nota, a assessoria de Maluf informou que vai recorrer da decisão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os advogados do ex-prefeito afirmam que a decisão do TJ não impede que ele participe das próximas eleições – argumentam que Maluf não foi condenado por prática de ato doloso nem por enriquecimento ilícito, o que o enquadraria na Lei da Ficha Limpa.


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