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Confira como foi o show de B.B. King em São Paulo

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B.B. King fez uma grande apresentação, para um grande público, na ultima sexta-feira, dia 05. O canto internacional é um dos mais festejados músicos de Blues de todos os tempo. Algumas pessoas chegam a defender  que não existe, e nunca existirá, uma pessoa com tamanha importância para este gênero quanto a B.B King, mas isso sempre vai depender do gosto pessoal de cada um. Alguns fãs chamam ele apenas como The Bluesman, ou seja, ele já não é mais apenas um musico que toca Blues, ele se tornou a essência do Blues.

Alguns críticos defendem que mesmo os mais clássicos dos músicos precisam sempre estar se reinventando, especialmente os que ainda estão na ativa. Enquanto que uma corrente defende que determinados músicos devem sempre se ater a oba magnifica que produziu até o momento. Estes dois conceitos podem ser encaixados quando falamos de B.B. King, porque o cantor não se renova, mas ao mesmo tempo não conhece a repetição. Portanto, quando o diferente é a regra, a rotina do músico acaba sendo esta, e isso torna a música dele tão viva e tão presente, mesmo nos dias de hoje onde o Blues acaba não sendo um gênero tão difundido assim no circuito comercial.

Nos últimos dois anos os fãs que acompanham a carreira de perto de B.B. King podem acompanhar que houve uma mudança na lista de músicas que estão sendo executadas nos shows do artista, mas para ele isso não acaba  significando muita coisa porque dificilmente B.B. King será repetitivo. Ele pode tocar sempre a mesma setlist, as mesmas musicas, e poderá parecer que ele nunca é a mesma coisa. Alias, no show ao vivo daquele que e chamado de Rei do Blues parece que realmente  tudo faz sentido. Cada música, cada nota, é um motivo para ele estar ali, o que torna a apresentação de B.B. King sempre um momento único.

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Um garotão de 87 anos

O último show do Rei do Blues aconteceu em São Paulo exatamente onde já tinha acontecido a última apresentação do músico por aqui, que foi em 2010. E para os fãs que estiveram presentes nos dois shows, o músico consegue a proeza de ser sempre diferente, mesmo que suas músicas sejam iguais. E é claro que o grande responsável por isso não é a produção, não são os músicos (de altíssima qualidade, por sinal), mas acaba sendo o próprio B.BKing, que pode ser chamado tranquilamente de garotão de 87 anos de idade.

É claro que o corpo já não é mais o mesmo de quando o jovem colocava para sacudir todos os Estados Unidos da América. Atualmente, o Rei do Blues passa boa parte do tempo do seu show sentado no seu trono, ou melhor dizendo, na cadeira confortavelmente instalada no centro do palco com os músicos ao seu redor. Fazer grandes passeios no palco, mesmo que ele não seja grande, se tornou uma tarefa bastante difícil para o músico. Mesmo assim, a disposição que ele demonstra sentado, quando esta tocando seus instrumentos e retirando melodias mágicas, acaba sendo maior da maioria dos jovens músicos que pulam e dançam.

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O fato dele ter seus movimentos limitados e ficar o tempo todo sentado definitivamente não incomoda as pessoas que foram até o local para ver e escutar as composições de B.B. King. Os músicos também não precisam fazer grandes movimentos para tornar o show épico, as canções conseguem fazer este efeito sozinhas. Atualmente a banda que acompanha o músico em suas turnês é formada por um quarteto de metais, guitarra, baixo, bateria e teclado, o octeto forma uma mini-big band e vai esquentando aos poucos. Cada integrante tem direito ao seu solo. São momentos de brilhantismo do blues por quase 15 minutos.

Neste momento, ao finalizar a apresentação solo dos músicos entra B.B. King, ovacionado com muitas palmas, gritos e adoração em pé de um público que até o momento estava bem acomodado na mesas e cadeiras do local. Chega de vagar, se dirigindo até o centro do palco onde o seu banquinho está esperando, sorri para a plateia, gesticula para o público pedindo para que todos se sentem e se acalmem, coloca a guitarra na sua coxa e então a mágica começa.

Começa as músicas, e no terceiro bend o público já está completamente entregue. Neste momento ele arrisca as primeiras palavras com a plateia: “Boa noite, senhoras e senhores”, diz ele, cordialmente. “E eu também amo vocês”, completa. Ele arrisca um “obrigado” enrolado, mas é bem recebido. “É a única palavra que eu conheço”, e ri, de novo.

Logo depois o músico contraria as regras de grande parte dos shows, que sempre deixa para apresentar sua banda na parte final, e já faz a apresentação individual de cada um. Com muita humildade, o músico declara ainda que gostaria de ser tão bom quanto o s eu guitarrista. Ao apresentar o sobrinho, Walter Riley King, no sax tenor, aprende sua segunda palavra em português. “Como se diz? Sobrinho”, arrisca. Ao receber nova reposta positiva do público, o guitarrista solta uma nova gargalhada gostosa.

Na medida que o músico começa a desfilar alguns de seus maiores clássicos, como “I Need You So”, “Everdey” e “Key To The Highway” as pessoas começam a participar ativamente do show, cantando junto com o músico. No intervalo entre uma musica e outra, ele sempre tenta fazer algum gracejo com a plateia. Um dos pontos altos do show é quando o cantor emplaca a sempre imperdível “The Thrill is Gone”, com o músico praticamente brincando com a guitarra.

A noite vai se aproximando do seu final, com o hino gospel “When The Saints Go Marching In”. O músico solta ainda um “Por mim tocaria até amanhã”, e encerra a apresentação. Mas ele não foge da plateia, ainda fica um tempo respondendo aos pedido de autógrafo, e só então, depois de desejar  que todos se cuidem para voltar para casa, abandona o palco.


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