O Futebol é o esporte mais famoso no mundo inteiro, bem como o mais praticado. Por trás dos simples chutes na bola ou passes de lado, há todo um estudo tático para que estes tragam a vitória para o time.
Uma equipe que quer segurar o empate tocará a bola de lado mais frequentemente que uma equipe que precisa muito sair com a vitória. São estilos diferentes. São táticas diferentes.
Origem tática do Futebol
Uma briga de “irmãos” aconteceu. Um deles queria chutar bola e o outro queria correr com ela na mão. Este desentendimento trouxe ao mundo o Futebol e o Rugby. Por esta razão, a primeira tática da história tinha um desenho tático extremamente atípico: 1-2-7 ou 1-1-8 (número de jogadores na defesa, no meio campo e no ataque, respectivamente).
Neste período, final do século XX e início do século XXI, as equipes queriam buscar o gol de todas formas. Não existia planejamento, muito menos estudos. Isso mudou quando o tradicionalíssimo Nottingham Forest abriu mão de atacantes para colocar mais um zagueiro e mais um meia, criando o 2-3-5. O meia central, no caso, seria o maestro da equipe, nascendo, assim, o primeiro meia organizador de jogo da História.
Primeira tática vitoriosa da história do Futebol
Podemos dizer que o Arsenal foi o primeiro a utilizar de fato uma tática muito bem pensada e orquestrada. Na década de 30 e 40, o WM de Herbert Chapman reinou no futebol. Ele recuou o meia central para a zaga e trouxe dois zagueiros para jogares de meia atacante. Ligando os pontos no esquema, fica parecendo um W e um M, por isso o nome.
Fonte: Preleção
4-2-4: Uma das táticas mais famosas da História
Após a Inglaterra ser batida utilizando o WM, as equipes de futebol pararam de copiar, pois as falhas ficaram bastante evidentes. Os problemas da Inglaterra só apareceram quando Gustav Sébes implementou, na sua seleção, um esquema de marcação por zona, onde cada jogador marca aquele que estiver próximo de si e com a bola.
O desenho tático também mudou. De WM, a tática do momento se tornou o 4-2-4. Este desenho permite diversas variações dos jogadores dentro do plano tático. O famosíssimo Zagallo, por exemplo, era um ponta no 4-2-4, mas não era tão incisivo quanto a maioria dos outros. O Jorge Henrique, do Corinthians, lembra um pouco esta função.
4-3-3 e o Brasil Romântico
O mesmo Zagallo percebeu que poderia recuar um ponta e tornar a tática um 4-3-3. Até hoje este desenho é muito utilizado, sendo o “pai” do 4-2-3-1.
Em 1970, quando o Brasil fez aquela campanha fantástica e conquistou a Taça Jules Rimet, Zagallo mostrou a beleza de uma equipe que jogava no 4-3-3 com variações para o 4-2-4 e 4-5-1.
Década de 60: Primeira retranca e 4-4-2 da história
A década de 60 ficou marcada pelo nascimento do Catenaccio, a primeira retranca do Futebol Mundial. Foi quando Helenio Herrera praticou um estilo defensivo de propósito, enganou a todos e venceu inúmeros torneios pela Internazionale.
Na mesma década, Alf Ramsey lançou a Inglaterra em um 4-4-2, tática utilizada pela primeira vez na história. Como resultado, eles foram campeões mundiais em 1966.
De lá para cá, todas as táticas são variações destas, inclusive a Laranja Mecânica, que atuava em um 4-3-3, e o Brasil de 82, que atuava em 4-4-2/4-2-3-1.
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