A sexta-feira 13 acabou se tornando um dia considerado como de azar ou de mau agouro para pessoas no mundo inteiro. Diferentemente de outras datas que acabam sendo fixadas no calendário, ela acaba sendo móvel e basicamente acontece sempre que coincide o dia 13 do mês com uma sexta-feira, independentemente do mês em que isso acontece.
Ajudou bastante a consolidar essas histórias atualmente o sucesso de uma grande franquia de filmes de terror que tinha justamente este nome, relacionando diretamente a data com acontecimentos macabros e que fogem da compreensão humana.
Pra entender melhor quais são as origens por trás de todas as histórias que começaram a ser contadas sobre a sexta-feira 13, é preciso viajar um pouco na história e entender melhor algumas mitologias.
Mitologia nórdica
O número 13 aparece atrelado a algo maligno em uma história específica que acaba sendo contada como parte da mitologia nórdica.
Certa vez, houve um banquete para 12 convidados no Valhala, a morada dos deuses. Loki, filho de Odin, apareceu de surpresa, indignado por não ter sido chamado à festa.
Como gostava de pregar peças, Loki instiga seu irmão cego Hoder a matar Balder, um deus muito querido por todos. Hoder atira uma flecha e mata Balder, o que causou uma profunda tristeza entre as divindades. Desde então, muitas pessoas acreditam que traz azar ter treze pessoas sentadas à mesa.
E mesmo que a mitologia nórdica atualmente não seja considerada como a base do desenvolvimento e da criação de uma cultura que possa ser encontrada nos grupos de humanos, ela acabou afetando religiões como o cristianismo.
Roma Antiga
O número 13 também não era considerado como muito bem visto em uma das maiores sociedades de todos os tempos, a Roma Antiga. Os romanos acreditavam que o número 12 era considerado como o número perfeito. Afinal de contas, ele aparecia em diversos elementos culturais que eram muito importantes, como 12 signos do zodíaco, 12 deuses do Olimpo, 12 constelações que eram conhecidas na época.
E isso fazia com que eles acreditassem que o número 13 ia justamente ao contrário, quebrando toda a harmonia do número 12.
Além disso, os romanos também não gostavam muito da sexta-feira, pois esse era o dia no qual eram realizadas as execuções dos condenados à morte. Justamente por isso que Jesus Cristo acabou sendo crucificado em uma sexta-feira.
Cristianismo
Muitos dos problemas relacionados ao número 13 que foram incorporados ao cristianismo acabaram sendo importados das culturas anteriores citadas. A sexta-feira se tornou um dia aziago para os que seguem essa religião, justamente por Jesus ter sido morto em uma sexta-feira.
Já o número 13 aparece no mito dos convidados à mesa da última ceia de Jesus Cristo. É retratada a presença de 13 pessoas, sendo que 12 apóstolos e mais Jesus.
Já na Bíblia, no Livro do Apocalipse, no capítulo 13, o autor descreve a besta que será responsável pelo fim dos tempos. Mais um motivo para que os supersticiosos vissem nesta dezena uma fonte de males inesgotáveis.
Idade Média
Com a grande influência que o cristianismo tinha sobre a Idade Média, não seria difícil entender que boa parte destas histórias acabaram se consolidando. Mas alguns episódios também ajudaram a marcar este dia.
Em 13 de outubro de 1307, o rei da França, Felipe IV (1268-1314), o Belo, mandou prender os Cavaleiros Templários, e seu Grande-Mestre, Jacques de Molay (1240-1314). No final do processo, os membros da Ordem do Templo morreram queimados na fogueira.
Todos estes elementos acabaram dando origens a uma série de histórias que foram espalhadas pelo mundo e que acabaram consolidando essa data como um momento considerado de azar para as pessoas de um modo geral.
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