Uma pesquisa de 2024 da Hibou sobre jogos de cassino no Brasil revelou dados importantes sobre os hábitos dos apostadores, as motivações por trás das apostas e os desafios enfrentados. O levantamento, realizado entre os dias 7 e 9 de agosto de 2024, ouviu 2.839 pessoas e mostrou que 68% dos brasileiros apostam em alguma modalidade.
As loterias seguem como a principal escolha, com 47% dos entrevistados declarando participação, seguidas pelas rifas (25%) e apostas esportivas (11%). Os jogos online, incluindo o formato de slots como o popular "jogo do tigrinho", foram mencionados por 8% dos entrevistados.
Os principais motivos que levam as pessoas a apostar são o ganho financeiro (66%) e a busca por entretenimento (25%). No entanto, 16% dos apostadores já tiveram problemas financeiros devido ao jogo, recorrendo a medidas como vender bens, pedir empréstimos ou até mesmo recorrer a agiotas para cobrir prejuízos.

Isso mostra um problema ligado às mídias sociais e fraudes envolvendo jogos de cassino, promovendo ganhos financeiros como uma certeza quando, na verdade, não há nenhuma. Com as novas regulamentações implementadas em 2025, o mercado tende a se tornar mais seguro, já que operadoras e governo buscam conscientizar os apostadores de que o jogo deve ser visto como entretenimento, sem envolver valores essenciais. Além disso, medidas de segurança robustas foram implementadas às bets em 2025, como o reconhecimento facial e a declaração de ganhos acima de R$ 2.259.20 em premiações em cassinos ao imposto de renda.
A pesquisa também revela o papel da publicidade e do patrocínio esportivo na decisão dos apostadores, com 71% dos entrevistados afirmando que o patrocínio de uma casa de apostas ao seu time de futebol aumenta a vontade de apostar. Além disso, 40% dos apostadores são fortemente influenciados por propagandas, principalmente as veiculadas na TV e redes sociais.
Esse cenário reforça a necessidade de uma abordagem responsável na publicidade das apostas. Jogos de cassino podem ter um impacto significativo na vida financeira dos apostadores, especialmente entre as classes C e D, que frequentemente buscam um ganho imediato para equilibrar o orçamento do mês.
A falta de informação sobre os riscos do vício e o desconhecimento de limites de gastos são fatores preocupantes. Isso, aliado às propagandas irresponsáveis ligadas a jogos populares como Aviator, o jogo do aviãozinho, e o Fortune tiger, o jogo do tigrinho, pode levar os jogadores a apostarem com a crença de que o jogo é um investimento, o que é irreal.
Outra pesquisa de uma das maiores bets do país trouxe os jogos mais populares do último mês, mostrando que a popularidade do Aviator continua sendo a mais alta entre os jogos de crash. O jogo mantém a liderança do segmento, apesar de sua participação ter caído de 15,16% em janeiro para 12,88% em fevereiro.
Mesmo com essa queda, os jogos de crash continuam sendo a segunda categoria favorita nas bets, com o Aviator liderando a categoria durante todo o ano de 2024 até agora. O jogo continua sendo o preferido devido ao seu alto potencial de multiplicação , tendo registrado um impressionante multiplicador de 31.001,78x no último período, superando seu próprio recorde anterior de 2.326,68x.
Embora apenas 2% dos apostadores se considerem viciados, 16% já tiveram dificuldades financeiras devido às apostas. Além disso, 65% dos entrevistados conhecem alguém que se endividou jogando. Esses dados reforçam a importância de práticas de jogo responsável, como estabelecer limites de gastos e evitar apostas impulsivas motivadas pela ilusão de lucro fácil.
A popularidade crescente de jogos como Aviator e o tigrinho e das apostas esportivas demonstra que o mercado segue em expansão. No entanto, para garantir uma relação saudável com os jogos, é essencial que os apostadores tenham acesso a informações claras, suporte para jogo responsável e regulamentação que proteja o consumidor contra práticas abusivas.
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