Um dos programas sociais mais importantes do Governo Federal nos últimos anos, o Minha Casa Minha Vida, está consumindo uma grande parte das verbas destinadas a todos os projetos sociais do governo. De acordo com um levantamento publicado pela imprensa esta semana, o que se gasta com o programa habitacionais é mais do que se gasta com 30 dos 39 ministérios e secretarias especiais que foram criados pela administração federal.
Os gastos com o Minha Casa Minha Vida, somente no ano passado, ficaram em torno dos R$ 14,2 bilhões. A grande maioria dos gastos que foram registrados com o programa acabaram sendo feitos em forma de subsídios para os financiamentos imobiliários em condições favorecidas.
Os especialistas afirmam que os gastos deveriam ser bem mais, já que Dilma teria deixado parte dos pagamentos para este ano para conseguir dividir com os dois orçamentos previsto. A manobra ajudou o governo a melhorar o resultado final das contas do cofres públicos no ano passado.
Expansão dos gastos
De acordo com as informações que foram levantadas, o governo teria gastado no ano de 2010 cerca de R$ 1,6 bilhão com o programa habitacional, o que mostra um crescimento acima da média para um programa social. Os gastos que estão sendo feitos com o Minha Casa Minha Vida representam gastos maiores do que o Ministério da Justiça, da Agricultura e também do Planejamento.
Até mesmo o Bolsa Família acabou ficando para trás em termos de gastos. O programa que sempre foi considerado como o grande carro chefe dos dois governos do presidente Lula e que continuou sendo promovido no governo da presidente Dilma gastou R$ 12,1 bilhões em 2007.
Relembre o Minha Casa Minha Vida
O Minha Casa Minha Vida é um programa social habitacional que foi criado pelo governo federal durante a crise econômica mundial do ano de 2009. O programa já nasceu com propósitos bem ambiciosos que era de subsidiar quase que integralmente com recursos do próprio tesouro nacional o financiamento de imóveis para pessoas que renda de até três salários mínimos.
O programa também passou a englobar pessoas com faixas de renda acima deste valor, mas a prioridade ainda são os que recebem até três salários mínimos, porque para estas pessoas é mais complicado conseguir crédito mobiliário junto aos bancos.
O que preocupa os analistas é que todos os gastos que o governo está tendo com o crescimento da quantidade de imóveis que estão sendo vendidos neste programa fique para o próximo governo, que já vai entrar com uma dívida grande para equilibrar, o que pode prejudicar principalmente no investimento de novas obras em todo o país e também o repasse de verba também para questões fundamentais como educação e saúde.
De acordo com fontes de dentro do governo, o Tesouro Nacional está atrasando o pagamento dos subsídios que devem ser feitos para o banco Caixa Econômica Federal, estatal que também pertence ao governo federal.
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