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Plantas medicinais que podem melhorar sua qualidade de vida na menopausa

Descubra como plantas medicinais podem ser aliadas poderosas no alívio dos sintomas da menopausa, com evidências científicas atualizadas e recomendações de especialistas para uma transição hormonal mais tranquila.
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A menopausa representa uma fase significativa na vida da mulher, marcada pelo fim da menstruação e da capacidade reprodutiva. Este período de transição hormonal é caracterizado pela queda na produção de estrogênio e progesterona, hormônios femininos essenciais que regulam diversos processos no organismo. Como resultado, muitas mulheres enfrentam sintomas desconfortáveis como ondas de calor, insônia, alterações de humor e diminuição da densidade óssea.

Embora a terapia de reposição hormonal seja uma opção para algumas mulheres, muitas buscam alternativas naturais para aliviar os sintomas. A fitoterapia – uso de plantas medicinais para fins terapêuticos – tem se destacado como uma abordagem complementar promissora. Segundo especialistas, certas plantas contêm compostos bioativos que podem atuar de forma semelhante aos hormônios naturais do corpo, ajudando a equilibrar o sistema durante essa transição.

A Dra. Helena Campiglia, médica especialista em medicina integrativa e saúde da mulher, destaca que "o uso de plantas medicinais pode ser um recurso valioso para aliviar os sintomas da menopausa, mas é fundamental buscar orientação profissional para garantir um uso seguro e eficaz". Vamos conhecer seis plantas reconhecidas por seus benefícios para mulheres na menopausa, com base em evidências científicas atualizadas.

Plantas medicinais que podem melhorar sua qualidade de vida na menopausa
Créditos: Divulgação

Amora: A Aliada Brasileira Contra as Ondas de Calor

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A folha da amora (Morus nigra), facilmente encontrada no Brasil, destaca-se como uma poderosa aliada natural para mulheres na menopausa. Rica em fitoestrógenos naturais, substâncias vegetais que mimetizam a ação do estrogênio no corpo, a amora tem demonstrado eficácia na redução das ondas de calor – um dos sintomas mais incômodos relatados por mulheres nessa fase.

Estudos recentes indicam que, além de aliviar os fogachos, a amora contribui significativamente para a melhora da qualidade do sono e da função cognitiva, especialmente a memória, que podem ser afetadas durante a menopausa. O consumo pode ser feito através de chá, preparado por infusão das folhas secas, ou na forma de tintura, disponível em lojas especializadas em produtos naturais.

Para preparar o chá de folhas de amora, especialistas recomendam:

  • Utilizar uma colher de sobremesa de folhas secas para cada xícara de água
  • Ferver a água e desligar o fogo antes de adicionar as folhas
  • Deixar em infusão por 5-10 minutos, tampar e coar
  • Consumir de 2 a 3 xícaras ao dia, preferencialmente entre as refeições

Dong Quai: O "Ginseng Feminino" da Medicina Tradicional Chinesa

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Conhecida como "ginseng feminino", o dong quai (Angelica sinensis) é uma das ervas mais tradicionais e respeitadas na medicina chinesa para questões femininas. Esta planta milenar atua diretamente na tonificação sanguínea, auxiliando na regulação hormonal e proporcionando alívio significativo para sintomas como fadiga crônica e fogachos intensos durante a menopausa.

Pesquisas publicadas no Journal of Alternative and Complementary Medicine sugerem que o dong quai, especialmente quando combinado com outras ervas adaptógenas, pode reduzir a frequência e intensidade dos sintomas vasomotores em até 35%. A raiz desta planta contém cumarinas, flavonoides e polissacarídeos que atuam de forma sinérgica para equilibrar o sistema hormonal feminino.

É importante ressaltar que, apesar de seus benefícios, o dong quai requer cautela em seu uso. Mulheres com fluxo menstrual abundante e aquelas que utilizam anticoagulantes devem consultar um médico antes de iniciar o consumo desta erva, pois ela pode potencializar sangramentos. A dosagem recomendada varia conforme a apresentação do produto (extrato, cápsula ou tintura) e deve ser orientada por um profissional especializado.

Maca Peruana e Vitex: Potência Andina e Equilíbrio Hormonal

A maca peruana (Lepidium peruvianum), raiz tradicional cultivada nos altos Andes, tem ganhado reconhecimento mundial por seus efeitos benéficos no sistema endócrino feminino. Rica em alcaloides, glucosinolatos e fitoesteróis, esta planta adaptógena auxilia o organismo a adaptar-se ao estresse causado pelas flutuações hormonais típicas da menopausa. Pesquisas recentes demonstram que a maca pode melhorar significativamente o humor e a energia em mulheres na pós-menopausa.

O consumo regular de maca peruana tem sido associado a benefícios como aumento da libido, redução da ansiedade e melhora da densidade óssea. Disponível em pó, cápsulas ou extratos, a dose diária recomendada varia entre 1500mg e 3000mg, dividida ao longo do dia. Uma vantagem importante é que não há relatos de efeitos adversos significativos ou interações medicamentosas, tornando-a uma opção relativamente segura.

Já o Vitex (Vitex agnus-castus), também conhecido como agno casto, destaca-se por sua capacidade de regular a atividade da glândula pituitária, influenciando positivamente o equilíbrio hormonal. Tradicionalmente utilizado para sintomas da TPM e distúrbios ovarianos, o Vitex tem mostrado resultados promissores no alívio da ansiedade, dos fogachos e do sangramento irregular durante o período de transição menopausal.

Cimicífuga: Segurança e Eficácia Comprovadas

A cimicífuga (Actaea racemosa), nativa da América do Norte, ganhou projeção internacional após diversos estudos clínicos confirmarem sua eficácia no tratamento dos sintomas da menopausa. Dotada de propriedades anti-inflamatórias e sedativas, esta planta atua diretamente no sistema nervoso central, promovendo alívio significativo de fogachos, insônia e flutuações de humor sem interferir nos níveis de estrogênio.

Um aspecto particularmente relevante da cimicífuga é sua segurança para mulheres com histórico de câncer de mama, já que não apresenta atividade estrogênica. Estudos publicados no Journal of Women's Health indicam que extratos padronizados da planta podem reduzir a frequência e intensidade das ondas de calor em até 40% após oito semanas de uso regular, sem efeitos adversos significativos.

No entanto, especialistas recomendam cautela para pacientes com comprometimento hepático, uma vez que algumas formulações podem afetar a função do fígado. A dosagem típica é de 40mg a 80mg do extrato padronizado por dia, preferencialmente dividida em duas tomadas. O acompanhamento médico regular é essencial para monitorar a resposta ao tratamento e ajustar a dosagem conforme necessário.

Planta Benefícios Principais Forma de Uso Precauções
Cimicífuga Redução de fogachos, insônia e alterações de humor Extrato padronizado: 40-80mg/dia Monitorar função hepática
Amora Alívio de ondas de calor, melhora de memória e sono Chá (2-3 xícaras/dia) ou tintura Geralmente segura
Dong Quai Redução de fogachos e fadiga Conforme orientação profissional Evitar em caso de uso de anticoagulantes

Erva-de-São-João: Aliviando a Depressão e as Ondas de Calor

A erva-de-são-joão (Hypericum perforatum L.) é mundialmente reconhecida por suas propriedades antidepressivas naturais, sendo uma das plantas medicinais mais estudadas cientificamente. Pesquisas recentes têm demonstrado que, além de seu efeito no humor e ansiedade, esta planta apresenta eficácia significativa na redução das ondas de calor em mulheres na menopausa, oferecendo uma abordagem integrada para múltiplos sintomas.

Estudos publicados no Menopause Journal indicam benefícios ainda mais expressivos quando a erva-de-são-joão é combinada com a cimicífuga, especialmente para o tratamento simultâneo de sintomas como insônia, fogachos e quadros depressivos leves a moderados. Os compostos ativos da planta, como a hipericina e a hiperforina, atuam aumentando a disponibilidade de neurotransmissores como serotonina, dopamina e noradrenalina no cérebro.

É fundamental destacar que a erva-de-são-joão pode interagir com diversos medicamentos, incluindo anticoncepcionais, anticoagulantes e antidepressivos. Por isso, seu uso deve ser sempre supervisionado por um profissional de saúde. A dose típica varia entre 300mg e 900mg do extrato padronizado por dia, dividida em três tomadas.

Abordagem Integrativa: Combinando Ciência e Tradição

A medicina integrativa representa uma abordagem holística para a saúde da mulher na menopausa, combinando o melhor da ciência moderna com práticas tradicionais validadas. Segundo a Dra. Helena Campiglia, autora do livro "Medicina Integrativa & Saúde da Mulher", a fitoterapia pode ser parte de uma estratégia mais ampla que inclui nutrição adequada, atividade física regular, técnicas de gerenciamento de estresse e, quando necessário, terapias convencionais.

Esta abordagem multifacetada reconhece que cada mulher vivencia a menopausa de forma única, necessitando de um plano de cuidados personalizado. Além das plantas medicinais, práticas como acupuntura, meditação e yoga têm demonstrado benefícios significativos na redução dos sintomas menopáusicos e na melhoria da qualidade de vida. A suplementação com nutrientes específicos, como vitamina D, cálcio e ômega-3, também pode ser recomendada para preservar a saúde óssea e cardiovascular.

Para mulheres interessadas em explorar opções naturais para o manejo dos sintomas da menopausa, o caminho mais seguro é buscar orientação especializada. Um médico com formação em medicina integrativa poderá avaliar o histórico clínico individual, realizar exames necessários e recomendar as terapias mais adequadas a cada caso, maximizando benefícios e minimizando riscos potenciais.

Embora a menopausa traga desafios, ela também representa uma oportunidade para adotar um estilo de vida mais saudável e consciente. Com o suporte adequado e utilizando recursos naturais como as plantas medicinais de forma responsável, é possível atravessar esta fase com bem-estar e vitalidade, preparando o corpo e a mente para os anos que virão.


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