Araucária

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Araucária, Nasci forte e altiva, Solitária. Ascendo em linha reta Uma coluna verde-escura No verde cambiante da campina. Estendo braços hirtos e serenos. Não há na minha fronde Nem veludos quentes de folhas, Nem risos vermelhos de flores, Nem vinhos estonteantes de perfumes. Só há o odor agreste da resina E o sabor primitivo dos frutos. Espalmo a taça verde no infinito. Embalo o sono dos ninhos Ocultos em meus espinhos. Na silente nudez do meu isolamento.







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