Esse letra de Claudio Baglioni já foi acessado por 152 pessoas.
Veja também o vídeo da música tocada.
Um azul descalço no céu,
o céu é louco em março,
e daquele nosso encontro no centro,
tu apoiada nos joelhos
e um vento de cabelos sobre teus olhos.
Aqui a sombra cai dá tua mão,
um horizonte de cachorros
late de longe,
tu agarrada no corrimão
de uma tenra e distraída primavera.
Tarde lenta e um pouco indolente,
maio foi embora,
um dedo sob o queixo
e os pássaros fogem enfiando
o verde onde a cidade se perde.
Sobre uma folha de lixa
julho, e tu, deitada tu,
suja de beijos e areia
a buscar os lábios desmedidos
do verão nos meus.
Nesta outra estamos juntos,
como ris com gosto, e até sufocar-te
eu abraçava agosto e ti,
bebendo-te com os olhos meus
para não esquecer-te.
E ainda tu entre fileiras de arvores
que costuram colinas de uva branca,
e tu estás cansada, um dia inteirinho
a beber vinho, e um camponês
com o copo na mão aí perto.
Folhas enferrujadas no final da alameda
e novos desejos,
e tu aqui não ficaste bem,
o teu rosto um pouco tenso e uma risada
sem mais alegria e inconsciência.
O ar severo da manha de domingo,
sobre a grama tu,
e lagrimas de geada,
bochechas coloridas, enquanto
descascas laranjas e estúpidas mentiras.
Fica aí, não mexe,
sorri um pouco,
agora vira-te,
faz assim, apóia-te,
não dizer não, amor olha aqui.
Janeiro, e o sopro forte esquenta as palavras,
o sol ia se pondo,
céu de mármore vermelho,
tu um pouco escura contra aquela noite
que cavava o nosso adeus e fugia.
A chuva fina pula sobre as calçadas,
tédio no ar e tu,
tu olhas mas não vês
que acabou, e entre os dedos
não temos que fotografias.
Um azul descalço no céu,
o céu é louco em março,
e daquele nosso encontro no centro,
tu apoiada nos joelhos
e teus olhos para sempre nos meus olhos.
Para enviar você precisa efetuar um cadastro gratuito no site. Caso já tenha um cadastro, acesse aqui.
Acesse agora, navegue e crie sua listas de favoritos.
Entrar com facebook Criar uma conta gratuita
Comentários (0) Postar um Comentário