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PIS/Pasep: Como verificar e sacar os R$ 26 bilhões em recursos esquecidos antes do prazo final

Descubra se você tem direito a valores esquecidos do PIS/Pasep. Mais de 10 milhões de brasileiros ainda podem resgatar recursos de trabalhos entre 1971 e 1988. Consulte online e saiba como realizar o saque antes de janeiro de 2026.
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O Ministério da Fazenda revelou um dado surpreendente: aproximadamente R$ 26 bilhões em recursos do PIS (Programa de Integração Social) e do Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) continuam disponíveis para saque. Esses valores pertencem a mais de 10 milhões de brasileiros que trabalharam formalmente entre 1971 e 1988 e ainda não retiraram seus recursos.

Após o período inicial de resgates, os valores foram transferidos para a conta única do Tesouro Nacional, mas continuam disponíveis mediante comprovação do direito. O prazo para realizar essa operação, entretanto, está chegando ao fim: os trabalhadores e seus herdeiros têm até 26 de janeiro de 2026 para fazer a solicitação, quando o direito prescreverá definitivamente.

Muitos beneficiários desconhecem que possuem esses recursos ou enfrentam dificuldades no processo de consulta e retirada. Para facilitar o acesso, o governo federal disponibilizou um sistema online que permite verificar a existência de valores a receber e iniciar o processo de solicitação sem burocracia excessiva.

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A consulta é gratuita e pode ser realizada inteiramente pela internet, sem necessidade de intermediários ou pagamento de taxas. Apenas a etapa final de saque exige comparecimento presencial em uma agência bancária, após a confirmação da existência de valores a receber.

PIS/Pasep: Como verificar e sacar os R$ 26 bilhões em recursos esquecidos antes do prazo final
Créditos: Redação

Quem tem direito aos valores esquecidos do PIS/Pasep?

Têm direito aos recursos do PIS/Pasep os trabalhadores que mantiveram vínculo empregatício formal no período compreendido entre 1971 e 1988 e que não realizaram o saque completo de suas cotas durante os períodos de liberação anteriores. O direito se estende tanto a funcionários de empresas privadas (PIS) quanto a servidores públicos (Pasep).

Caso o titular original tenha falecido, seus herdeiros legais e dependentes também podem solicitar o resgate dos valores, desde que comprovem o vínculo com o trabalhador por meio da documentação adequada. Nestes casos, o valor é distribuído conforme as regras da sucessão e previdência social.

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A maior parte dos beneficiários com direito ao saque são pessoas com mais de 60 anos atualmente, mas também existem casos de herdeiros mais jovens que desconhecem o direito ao benefício deixado por pais ou avós. O montante médio disponível por pessoa é de aproximadamente R$ 2.600, mas alguns casos podem chegar a valores significativamente maiores.

Vale ressaltar que esses recursos são diferentes das cotas atuais do PIS/Pasep pagas anualmente aos trabalhadores. Trata-se de um fundo específico constituído no período mencionado e que possui regras próprias para saque e utilização.

Como consultar se você tem direito ao benefício

A verificação da existência de valores a receber pode ser feita de forma totalmente digital por meio do sistema Repis Cidadão, acessível através do portal Gov.br. Para realizar a consulta, é necessário possuir uma conta no Gov.br e seguir um procedimento simples que leva poucos minutos.

Confira o passo a passo completo para verificar se você tem recursos disponíveis:

  1. Acesse o site oficial do Sistema Repis Cidadão
  2. Faça login utilizando seu CPF e senha da conta Gov.br (caso não possua, será necessário criar uma conta)
  3. Após o login, o sistema verificará automaticamente a existência de valores em seu nome
  4. Se houver recursos disponíveis, serão exibidas informações sobre o montante e as instruções para solicitação do saque
  5. Siga as orientações para gerar o pedido de resgate, que deverá ser apresentado em uma agência da Caixa Econômica Federal

Para consultas realizadas por herdeiros, o processo requer uma etapa adicional. É necessário informar o CPF ou o número do PIS/Pasep do titular falecido, além de anexar documentação que comprove o vínculo familiar e o direito à sucessão. O sistema possui um módulo específico para esses casos.

Documentação necessária para realizar o saque

Após confirmar a existência de valores a receber, é necessário reunir a documentação exigida para dar entrada no pedido de saque. O atendimento para esta etapa é realizado exclusivamente nas agências da Caixa Econômica Federal, mediante agendamento prévio pelo aplicativo ou site do banco.

Para os titulares das cotas, a documentação básica inclui:

  • Documento de identificação oficial com foto (RG, CNH ou passaporte)
  • CPF ou documento que contenha o número do CPF
  • Comprovante de residência atualizado (emitido nos últimos 90 dias)
  • Cartão cidadão ou cartão do PIS/PASEP (se possuir)

Já para os herdeiros ou dependentes, a lista de documentos é mais extensa, incluindo:

  • Todos os documentos pessoais listados acima
  • Certidão de óbito do titular
  • Documentos que comprovem a condição de dependente, sucessor ou representante legal
  • Declaração de dependentes habilitados à pensão por morte (fornecida pelo INSS)
  • Termo de responsabilidade por dependente
  • Em casos com múltiplos herdeiros, autorização judicial ou escritura pública de inventário

Após a entrega da documentação completa, a Caixa realizará a análise do pedido, que pode levar até 30 dias úteis. Se aprovado, o valor será depositado na conta bancária indicada pelo solicitante, preferencialmente na própria Caixa Econômica Federal.

Valores não sacados após o prazo final

É fundamental estar atento ao prazo limite para solicitar o resgate dos valores: 26 de janeiro de 2026. Após esta data, os recursos não reclamados serão definitivamente incorporados ao patrimônio da União, sem possibilidade de recuperação posterior pelos titulares ou herdeiros.

De acordo com informações do Ministério da Fazenda, aproximadamente 40% do total de beneficiários ainda não sacaram seus recursos, o que representa mais de R$ 26 bilhões aguardando retirada. Caso esses valores não sejam resgatados dentro do prazo estabelecido, serão utilizados para custear despesas públicas e programas governamentais.

Para evitar a perda do direito, o governo federal tem intensificado as campanhas de comunicação e simplificado os processos de consulta e saque. A principal recomendação é que todos os trabalhadores que atuaram formalmente entre 1971 e 1988, ou seus herdeiros, realizem a consulta no sistema Repis Cidadão o quanto antes.

Especialistas em direito previdenciário alertam que, mesmo para quem não tem certeza sobre a existência de valores a receber, vale a pena realizar a consulta, já que o processo é rápido, gratuito e pode resultar em uma receita extra inesperada.

Cuidados para evitar golpes e fraudes

Com o aumento do interesse pelo resgate das cotas do PIS/Pasep, também cresceu o número de tentativas de fraudes relacionadas ao tema. É importante estar atento para não cair em golpes que prometem facilitar o acesso aos recursos mediante pagamento de taxas ou fornecimento de dados pessoais.

O primeiro ponto de atenção é que toda a consulta é gratuita e deve ser feita exclusivamente pelos canais oficiais: o sistema Repis Cidadão, acessado via portal Gov.br, e as agências da Caixa Econômica Federal. Nenhuma instituição está autorizada a cobrar por este serviço ou a servir como intermediária no processo.

Desconfie de mensagens recebidas por WhatsApp, SMS ou e-mail com links para supostas consultas de valores do PIS/Pasep, especialmente aquelas que solicitam dados pessoais ou bancários. Também é importante verificar se o site acessado possui o domínio ".gov.br", indicativo dos portais oficiais do governo federal.

Em caso de dúvidas sobre a legitimidade de uma comunicação ou site, entre em contato diretamente com a Caixa Econômica Federal pelo telefone 0800 726 0207 ou com o Ministério da Fazenda pelos canais oficiais de atendimento disponíveis no portal Gov.br.


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