No final do ano passado, assim como acontece em todos os anos, o Governo Federal anunciou o aumento do valor pago para o salário mínimo. A partir de 2014, o valor que será pago pelo salário mínimo para os trabalhadores brasileiros que recebem a partir desta base de cálculo é de R$ 724. O problema é que este valor está longe para ser considerado como suficiente para conseguir sustentar uma família.
De acordo com um levantamento realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), valor mínimo que deveria ser ganho por uma família brasileira seria, no mínimo, de R$ 2.765,44. Este valor seria quase 4 vezes mais que o valor pago pelo salário mínimo atual. Para chegar neste valor o Dieese DIEESE utilizou como base de cálculo os preços das cestas básicas e também dos principais serviços utilizados pelas pessoas no dia a dia.
Apesar da cesta básica de alimentação ter um peso definitivo nesta conta final, existem alguns outros fatores que também pesam bastante e que acabaram sendo levados em consideração para chegar neste valor. Fatores como moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência também entram na conta.
Cesta básica
O ajuste dos preços da cesta básica de alimentação no Brasil inteiro acabou ficando acima dos 10% na maioria das capitais pesquisadas. A cidade que acabou registrando o maior aumento em Salvador, onde o preço dos principais alimentos subiu 16,74%, para R$ 265,13.
Já a capital que está com a cesta básica mais cara do Brasil é Porto Alegre, onde o preço encontrado médio é de R$ 329,18. O valor supera até São Paulo, tradicionalmente o município que registra os maiores preços. Na capital paulista, a cesta subiu 7,33% e ficou em R$ 327,24.
De acordo com o relatório divulgado pelo Dieese, o funcionário que recebia o mínimo precisou trabalhar 94 horas e 47 minutos – cerca de 12 dias – apenas para bancar os gastos com alimentação no ano passado.
Alguns dos ingredientes utilizados no dia a dia da alimentação dos brasileiros acabou ajudando a subir a inflação, dentre eles o pão francês, o leite, a farinha de trigo e também a banana.
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