A indústria do cinema no Brasil está aquecida devido aos sucessos de bilheteria dos últimos anos. E apesar da comédia ser o gênero predileto dos brasileiros quando o assunto é cinema nacional, a indústria, como um todo, está apostando pesado no lançamento de filmes que tentem sair do senso comum e apostar no diferente. E o caso da produção de “Quando Eu Era Vivo”, um filme de terror que terá no seu elenco Sandy e Antônio Fagundes.
O filme está sendo dirigido pelo cineasta Marco Dutra, que foi bastante premiado pelo filme Trabalhar Cansa. Já a história está sendo adaptada de um livro escrito por Lourenço Mutarelli, que também escreveu outra obra que acabou sendo levada para o cinema: “O Cheiro do Ralo”.
Na história acompanhamos a loucura de Junior (Marat Descartes), um homem que, após separar-se da mulher, volta para o apartamento do pai (Fagundes) no centro de São Paulo. Junior precisa dormir no sofá, porque seu quarto está alugado para uma estudante de música, Bruna (Sandy Leah, como ela prefere ser chamada nos trabalhos como atriz).
Junior começa a desenterrar dentro de casa objetos de sua infância ao lado do irmão, que foi internado num sanatório, e da mãe já morta, que gostava de mexer com ocultismo. Pouco a pouco, ele começa a perder a sanidade mental, assustando o pai e levando Bruna junto com ele.
Apostando no suspense
O Brasil ainda não tem tradição neste tipo de filme. Todos os longas de horror que foram rodados por aqui sempre apostaram no trash, como as produções que ficaram famosas nacionalmente do diretor e roteirista Zé do Caixão. Um dos motivos principais é que os filmes tinham poucos recursos, e o trash é um gênero que ainda se permite ser feito com recursos escassos.
No caso de “Quando Eu Era Vivo” o filme segue uma linha de suspense psicológico com alguns toques de terror. A ideia é ir mantendo o telespectador em um estado de constante suspense, na medida que o mistério macabro vai se desenrolando. Como grande parte dos eventos acontecem dentro de um apartamento, o filme poderá lembrar um clássico do gênero: “O Bebê de Rosemary”, dirigido por Polanski.
O filme causou reações diversas quando foi exibido recentemente em um festival de cinema. Em partes do filme onde a tensão deveria estar dominado o público ria, mas em determinados momentos, principalmente mais próximo do final da trama o clima dentro do cinema realmente era de apreensão. Ao final do filme chegou a ser bastante aplaudido, o que sempre é um bom sinal em festivais.
O filme estreia nas salas de cinema brasileiras no próximo dia 31 de janeiro.
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