Topo

Alerta: 6 Golpes em postos de combustível que podem drenar seu bolso

Descubra como fraudadores em postos de combustível aplicam golpes sofisticados que afetam milhões de brasileiros. Aprenda a identificar e evitar essas armadilhas que podem danificar seu veículo e suas finanças.
Publicidade
Comente

O momento de abastecer seu veículo deveria ser rotineiro e seguro, mas infelizmente tornou-se terreno fértil para fraudadores. Dados da Agência Nacional do Petróleo revelam que as denúncias de irregularidades em postos aumentaram 27% no último semestre. Consumidores desatentos podem facilmente cair em armadilhas que comprometem não apenas o orçamento familiar, mas também a integridade do veículo e até a segurança no trânsito.

Especialistas em defesa do consumidor alertam que os golpes se sofisticaram e nem sempre são perceptíveis a olho nu. Segundo a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, mais de 3 milhões de brasileiros já foram vítimas de algum tipo de fraude ao abastecer. "Os consumidores precisam adotar uma postura ativa de fiscalização", recomenda Paulo Martins, coordenador do Procon-SP.

Identificar essas práticas fraudulentas e saber como reagir é essencial para proteger seus direitos. Conheça os seis golpes mais comuns encontrados em postos de combustível e aprenda como se proteger de cada um deles:

1. Bomba Adulterada: O Golpe Mais Lucrativo para Fraudadores

Publicidade

A adulteração de bombas de combustível é uma prática enganosa que causa prejuízos estimados em R$ 5 bilhões anualmente aos consumidores brasileiros. O mecanismo é simples mas eficaz: a bomba marca determinado volume, mas entrega quantidade menor que a registrada no visor. Em alguns casos sofisticados, dispositivos eletrônicos são instalados para manipular a contagem apenas em determinados horários ou com clientes específicos.

Os estabelecimentos fraudulentos utilizam diversas técnicas para ocultar a manipulação. Alguns postos chegam a apresentar lacres falsificados do Inmetro, enquanto outros modificam o sistema internamente para que pareça perfeitamente normal durante fiscalizações. A diferença pode variar de 3% a 15% a menos de combustível entregue, o que representa um lucro considerável quando multiplicado pelo volume diário.

Para se proteger, é fundamental observar o lacre do Inmetro nas bombas, verificando se está intacto e dentro da validade. Estabeleça o hábito de abastecer sempre a mesma quantia (como tanque cheio ou valor fechado) para comparar o rendimento. Desconfie se seu veículo começar a rodar distâncias menores com a mesma quantidade de combustível. Em caso de suspeita, solicite o teste com o galão aferidor, direito garantido por lei.

2. Combustível Adulterado: Danos que Vão Além do Bolso

Publicidade

A adulteração de combustíveis representa um dos golpes mais prejudiciais ao consumidor e ao veículo. Quando um posto mistura solventes, água ou outros componentes à gasolina ou ao etanol, o motorista paga por um produto puro, mas recebe uma mistura potencialmente danosa. Outro golpe comum é a troca do produto: o cliente solicita gasolina aditivada ou premium e recebe a comum, ou pede gasolina e recebe uma mistura com alto percentual de etanol.

As consequências vão muito além do prejuízo financeiro imediato. Combustíveis adulterados podem causar:

  • Entupimento dos bicos injetores
  • Corrosão de componentes do sistema de alimentação
  • Desgaste prematuro do motor
  • Aumento do consumo de combustível
  • Falhas na ignição e perda de potência

Para evitar este problema, observe a coloração do combustível quando visível (a gasolina comum tem tom levemente amarelado, enquanto a aditivada geralmente apresenta coloração diferenciada). Desconfie de preços muito abaixo da média regional e exija a nota fiscal detalhada com o tipo específico do combustível adquirido. Aplicativos como "Preço dos Combustíveis" permitem consultar a reputação dos postos e relatos de outros consumidores.

3. Fraude em Pagamentos: Quando o Golpe Está na Maquininha

As fraudes envolvendo pagamentos tornaram-se mais sofisticadas nos últimos anos. Criminosos atuando em postos podem utilizar técnicas como o "chupa-cabra" (dispositivo que captura dados do cartão), máquinas de cartão adulteradas ou a simples cobrança de valores superiores aos devidos, aproveitando-se da distração do consumidor. Há casos registrados de troca de cartão durante o pagamento e até mesmo pagamentos duplicados.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos, as fraudes em postos de combustível representam 8% de todas as ocorrências de clonagem de cartões no país. Os criminosos aproveitam-se do momento de pressa e desatenção típicos de quem está apenas abastecendo rapidamente. Em alguns casos, funcionários desonestos fotografam o cartão do cliente ou memorizam os dados para uso posterior.

A melhor proteção é nunca perder seu cartão de vista. Utilize preferencialmente pagamento por aproximação, que é mais seguro contra clonagem. Sempre confira o valor na maquininha antes de digitar a senha e guarde o comprovante para comparar com a fatura posteriormente. Ative as notificações instantâneas de compra do seu banco para identificar imediatamente qualquer transação suspeita.

4. Serviços Não Autorizados: A Conta que Você Não Pediu

Um golpe que começa de forma aparentemente inocente: enquanto o frentista abastece, outro funcionário limpa o para-brisa, verifica o óleo ou realiza pequenos serviços sem consulta prévia. O que parece ser apenas cortesia se transforma em cobrança indevida quando estes serviços aparecem na conta final, muitas vezes com valores inflacionados.

A prática se aproveita do constrangimento social que muitos consumidores sentem em recusar um serviço já realizado. Alguns postos chegam a incluir estes itens discretamente na nota, apostando que o cliente não conferirá detalhadamente cada item. Outros utilizam a técnica de "venda casada", condicionando o abastecimento à aceitação de outros serviços.

Para se proteger, seja assertivo desde o início. Ao chegar ao posto, informe claramente que deseja apenas abastecer, recusando educadamente qualquer serviço adicional. Confira item por item na nota fiscal antes de efetuar o pagamento e não ceda à pressão psicológica. Lembre-se que serviços não solicitados expressamente são considerados amostra grátis pelo Código de Defesa do Consumidor, não gerando obrigação de pagamento.

5. Venda de Produtos Desnecessários: Marketing Agressivo nos Postos

A alta rentabilidade de produtos como aditivos, fluidos especiais e limpadores diversos torna-os alvos perfeitos para vendas agressivas nos postos. Utilizando táticas como o medo ("seu carro pode ter problemas sérios sem este aditivo") ou a promessa de economia ("este produto reduzirá seu consumo em 30%"), frentistas e gerentes tentam convencer o consumidor a adquirir itens frequentemente desnecessários ou com eficácia questionável.

Testes realizados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas demonstraram que muitos aditivos vendidos em postos não apresentam benefícios significativos que justifiquem seu custo. Alguns produtos podem até mesmo ser prejudiciais quando aplicados em veículos que não necessitam deles. A margem de lucro destes itens pode chegar a 300%, tornando-os extremamente atrativos para os estabelecimentos.

A melhor defesa é conhecer seu veículo e seguir as recomendações do manual do fabricante. Consulte seu mecânico de confiança antes de adquirir qualquer produto adicional. Estabeleça uma regra pessoal de nunca comprar impulsivamente estes itens durante o abastecimento – se realmente necessário, pesquise antes em diferentes estabelecimentos. Lembre-se que muitos veículos modernos já possuem tecnologia que dispensa a maioria destes produtos "milagrosos".

6. Troca de Óleo Fraudulenta: Manutenção que Vira Armadilha

A troca de óleo é um serviço legítimo oferecido por muitos postos, mas pode se transformar em golpe quando realizada de forma indevida ou desnecessária. Frentistas ou mecânicos desonestos podem afirmar falsamente que o óleo está "queimado" ou abaixo do nível para induzir trocas prematuras. Em casos mais graves, utilizam óleo de qualidade inferior ou reaproveitado, cobrando como se fosse produto de primeira linha.

Outro golpe comum é a troca incompleta, quando apenas parte do óleo é substituída, ou a utilização de filtros de baixa qualidade. O consumidor paga pelo serviço completo, mas recebe apenas parcialmente o benefício. Há relatos de postos que mostram ao cliente um vasilhame com óleo escuro, supostamente retirado do veículo, quando na verdade é apenas uma amostra mantida para enganar consumidores.

Para evitar cair nesta armadilha, mantenha um registro detalhado das manutenções do seu veículo, incluindo data e quilometragem de cada troca de óleo. Prefira estabelecimentos especializados ou concessionárias para este tipo de serviço. Se optar pela troca em um posto, solicite para ver o óleo sendo retirado e o novo sendo colocado. Exija a embalagem original do produto utilizado e guarde a nota fiscal, que deve especificar marca, tipo e quantidade do óleo utilizado.


Comentários (0) Postar um Comentário

Nenhum comentário encontrado. Seja o primeiro!

Oi, Bem-vindo!

Acesse agora, navegue e crie sua listas de favoritos.

Entrar com facebook Criar uma conta gratuita 
Já tem uma conta? Acesse agora: