Todos certamente já ouviram falar do desastre que aconteceu no Japão em março de 2011. Vamos então ser mais rápidos que os inúmeros programas que passaram horas do ocorrido e resumi-lo em poucas palavras: No dia 11 de março de 2001, um grande terremoto de magnitude 8,9 (isso é bastante) e ondas de um tsunami (vulgo ondão) atingiu o nordeste do Japão, causando muito estrago, diversas mortes, ferimentos e desaparecimentos. Sabe aquela história de pior não pode ficar? Então, ficou. Tremores ocasionaram um grande incêndio na usina nuclear de Onagawa, de Fukushima e outras três ainda tiveram que ser isoladas. Em três palavrinhas a gente consegue resumir as conseqüências dessa catástrofe: um grande estrago.
Não podemos esquecer que mesmo este fato sendo muito triste, estamos falando do Japão, país que tem uma economia muito forte, uma grande organização, estrutura e que mesmo demorando um certo tempo, tem grandes chances de se reestruturar.
Deus é brasileiro, é o que afirmam muitos, mas mesmo não podendo ter certeza disso, uma coisa sabemos: fomos privilegiados na nossa localização geográfica, o que nos livra das grandes catástrofes naturais como terremotos, maremotos e tsunamis. No entanto, vamos imaginar que essa desgraça tivesse acontecido no Brasil (curiosidade: 50% das pessoas que leram isso vão fazer o sinal da cruz e as outras 50% vão pensar ainda bem que aqui não tem terremoto assim) e pensar: o que aconteceria se tivesse acontecido aqui?
Em primeiro lugar, o Japão é menor que o estado de Minas Gerais, ou seja, ao menos que a desgraça atinja o país inteiro, fiquem calmos que muito provavelmente a maior parte das pessoas sairia ilesa desta. O resto da população que não foi prejudicada pelo desastre, seria por outro fato: paper view da desgraça na televisão brasileira com a cobertura de absolutamente todos os fatos, sem contar, é claro, que os programas sensacionalistas teriam matéria até dezembro, dariam um descanso de 15 dias e retomariam o assunto novamente na Retrospectiva 2011. Teríamos presidente, governadores, prefeitos indo até o local, falando que estão preocupados e que vai ficar tudo bem agora (com uma lágrima no rosto e a chave do seu jatinho no bolso, claro), uma piada nacional.
Como brasileiro é muito festivo e gosta de eventos, provavelmente faríamos também programas de doação com apresentação de celebridades para arrecadação de fundos e campanhas no Twitter com a hashtag #prayforBrazil, como pede o figurino, sem falar nas piadas de humor negro que iriam surgir por toda a rede.
Uma coisa temos certeza: pelo menos com a catástrofe, teríamos uma grande desculpa para não apresentarmos ao mundo uma boa infra estrutura para a Copa de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016, afinal, será mais fácil o Japão se reestruturar do desastre que o Brasil conseguir terminar todas as reformas prometidas.
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