Amanhã, Talvez

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Amanhã, talvez...
Ainda dói em meu peito a lembrança dos dias passados,
Vividos perto de ti!
Ainda dói a esperança perdida,
De algo que se foi,
Da doçura que existia em suas palavras e em seu olhar,
Do carinho que nos envolveu,
Em grande parte de nossa vida em comum.
Ainda dói a distância que você impôs em nossa relação,
As inverdades ditas por ti (por quê?),
A solidão que varria as nossas noites.
Ainda não consegui descobrir o porquê dos seus sentimentos,
Do seu isolamento não explicado,
Da sua fuga cada vez mais constante,
Das dificuldades que chamou para si,
Sem ao menos me propiciar a chance de ajudá-la ou, até, a errar contigo.
Amanhã, talvez eu possa entender...
Descobrir onde eu errei.
Afinal, o dom de um bom companheiro é a descoberta:
De sentimentos contidos,
De estender sempre uma mão amiga,
De ser o porto seguro nos momentos de tempestade,
De ser um protetor incondicional,
Nos momentos das tempestades e das bonanças,
Da tristeza e da dor (segundo a lei Divina!).
Assim é que um bom marido deveria ser!
Descobrir, na minha solidão, a essência perdida,
O verdadeiro sentido da vida,
A felicidade que ficou perdida em algum momento da nossa relação...
Descobri, enfim, que após cada noite vem um dia,
A reconquistar a alegria,
Que perdida no tempo ficou...
Quem sabe, amanhã, talvez?







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