Soneto de Amor

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O amor e fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer, mas que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca se contentar entre contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar perto por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode ser seu favor,
Nos corações humana amizade,
Se tão contrario a si é o mesmo amor?


  • Autor: Luiz de Camões






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