Esse letra de César Oliveira já foi acessado por 146 pessoas.
Veja também o vídeo da música tocada.
Meu cavalinho de pau
Crioulo da fantasia
Tinha a cola que não crescia
E a boca sem comer pasto
Tinha o lombo meio cião
E o pescoço de gavião
E uma rachadura no casco.
Tinha raça de taquara
Cruzada com carafau
Delgado como um virau
E um pêlo bem pangaré
Parente da cobra verde
Com seu galope de rente
Ia escrevendo com o pé.
(Refrão)
Brincando de faz de conta
Lhe ensinei a velhacar
Dar coices e escaramuçar
Com jeito de um redomão
Só nunca pude frustrá-lo
Sofre nado meu cavalo
Fincava a cola no chão.
Com a cola dele pra o céu
Apontava estrela guia
Um olho na pontaria
Mirava pro pica-paus
Pauleava as caranguejeiras
E as gatas namoradeiras
Que me aturdiam aos miaus.
Batia os galhos das arvores
Derrubava frutas no chão
No ombro foi mosquetão
Espada para o meu cinto
No seu galope macio
Nas longas tardes de frio
Tropeei ninhadas de pinto.
Corre carreiras de apé
Meti fundura de poço
Fiz raias pra jogar osso
E guiada dos bois a pipa
Fiz flechas pros meus caminhos
Furei o fundo dos guinhos
E o bando das caturritas.
Um dia jogando talho
Outro piá espadachim
Aulada não foi pra mim
E as brincas, perdi o jogo
Quebrou-se o meu cavalinho
No outro dia bem cedinho
Virou gravetos pro fogo.
Para enviar você precisa efetuar um cadastro gratuito no site. Caso já tenha um cadastro, acesse aqui.
Acesse agora, navegue e crie sua listas de favoritos.
Entrar com facebook Criar uma conta gratuita
Comentários (0) Postar um Comentário