O naufrágio do navio Titanic acabou se tornando uma das tragédias mais conhecidas do mundo moderno. Além de todo o impacto que teve o que aconteceu na noite e na madrugada dos dias 14 e 15 de abril do ano de 1912, todas as histórias que foram contadas posteriormente acabaram ajudando a manter o acidente bastante vivo na mente da população mundial.
Para relembrar os acontecimentos: o Royal Mail Ship (RMS) Titanic era o segundo de três navios irmãos de Classe Olympic que foram encomendados pela White Star Line. Na época, ele foi considerado o maior navio do mundo, desenhado para fazer o trajeto entre o continente europeu e os Estados Unidos e com capacidade para levar passageiros de todas as classes sociais.
Na sua viagem de inauguração, iniciada em Southampton, na Inglaterra, com destino à cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, o navio tinha 2.208 pessoas a bordo. Na noite do dia 14 de abril, quatro dias depois de ter zarpado, ele bateu em um iceberg.
A tragédia causou um rasgo no casco, que foi fazendo com que as águas do oceano começassem a invadir o navio. Duas horas e quarenta minutos depois do impacto, o Titanic já estava no fundo do mar.
Até os dias de hoje, muitos especialistas, das mais variadas áreas, tentam entender o que teria acontecido e como um navio desenhado para ser o mais seguro do planeta acabou não conseguindo superar nem a sua viagem de estreia. Muitos apontam como a soma de uma série de acontecimentos improváveis a causa pelo ocorrido.
Confira alguns dos principais acontecimentos que foram considerados essenciais para o resultado final da tragédia:
As águas estavam calmas demais
O trajeto que o Titanic fazia, mesmo sendo considerado seguro e tendo se tornado a principal rota de transporte de pessoas e mercadorias da Europa para os Estados Unidos, não era conhecido por ser calmo em toda sua extensão. Os comandantes das embarcações normalmente conseguiam identificar os icebergs com as ondas batendo.
Mas, na noite do acontecimento, as águas estavam tão calmas que a tripulação conseguiu identificar o iceberg apenas quando o barco já estava muito perto para ser possível uma manobra evasiva.
Uso de materiais de baixa qualidade
Como foi projetado para ser o navio mais seguro do mundo, era de se pensar que todo o projeto seria feito com aquilo de mais qualidade disponível na época em termos de materiais. Mas parece que a qualidade estava muito mais presente naquilo que as pessoas podiam ver do que onde realmente importava.
Uma investigação que foi feita posteriormente, com o resgate de partes do navio, mostrou que os rebites utilizados nas placas de aço eram de ferro de baixa qualidade, mais fracos e menos resistentes, e quebraram facilmente sob o impacto do iceberg.
Oficial dormindo
Mesmo que as investigações que foram feitas posteriormente tenham inocentado o primeiro oficial do Titanic, William Murdoch, em relação ao ocorrido, o fato de ele estar dormindo no momento do incidente pode ter atrasado o tempo de resposta. Ele foi acordado, e somente depois de analisar a situação mandou inverter as hélices e girar completamente o timão para tentar desviar.
O movimento poderia ter ajudado a afastar o navio da rota de colisão, mas o problema é que foi feito quando o barco estava muito perto do bloco de gelo. Se Murdoch estivesse acordado, talvez a história fosse completamente diferente.
Binóculos trancados em compartimento
Outro elemento que poderia ter mudado completamente o rumo da história e que era bastante comum na época era o uso de binóculos pelos vigias, que ficavam nas partes mais altas do navio e tinham como principal objetivo detectar os perigos.
O instrumento até existia dentro do navio, mas não estava sendo utilizado. De acordo com as investigações feitas, o oficial que deveria entregar as chaves do compartimento onde os binóculos estavam guardados foi transferido pouco antes da viagem. Isso fez com que os binóculos ficassem trancados, sem ninguém da equipe do navio ter acesso ao local.
Aumento da velocidade
Essa é uma informação que acabou se tornando muito comentada depois do enorme sucesso do filme Titanic, dirigido por James Cameron, mas que nem todos os historiadores e pesquisadores concordam. A ideia de que existia um movimento de incentivo para forçar velocidades mais elevadas, para que o navio chegasse antes do esperado, é controversa.
Mas diversos indícios apontam que o Titanic realmente estava navegando em uma velocidade considerada acima do recomendado para aquela área marítima, justamente em virtude da presença dos blocos de gelo. Estudos indicam que o Titanic estava a uma velocidade equivalente a 40 km/h.
Comentários (0) Postar um Comentário