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Mobilização contra limite da internet cresce diariamente - entenda e veja como se unir

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Os últimos dias têm sido bem movimentados nas redes sociais e sites que apoiam o desenvolvimento tecnológico e livre acesso à informação. Uma grande mobilização vem ganhando corpo e pode se tornar algo muito mais consistente em um futuro próximo, evoluindo eventualmente para uma manifestação ou até mesmo boicote massivo.

O motivo? Informações sugerem que as empresas que dominam o mercado brasileiro de internet fixa (banda larga) estão querendo limitar o acesso dos usuários por meio da implementação de franquias de dados. Não sabe o que isso significa? Não tem problema, nós explicamos.

A limitação da internet pretendida pelas operadoras e como lutar contra a medida

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A origem da questão

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No começo de fevereiro, uma das grandes empresas que oferece internet fixa ao mercado brasileiro, anunciou que passaria a adotar um novo modelo de negócios no que diz respeito à sua internet fixa a partir de 2017: a implementação do sistema de franquias de dados.

Na época, a declaração alarmou muita gente, mas como as informações ainda eram preliminares e outras operadoras ainda não haviam se manifestado sobre o assunto, tudo não passou disso.

Não demorou muito, porém, para que outras empresas do setor começassem a aderir ao modelo, “fechando o cerco” para o consumidor, que agora pode se ver privado de um direito adquirido ao longo dos anos.

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Entre as gigantes, a informação mais difundida é a de que a única empresa que afirmou não ter interesse em aderir a esse “novo formato” foi a Tim, responsável pelo serviço de internet Live Tim, que aliás é o mais elogiado por aqueles que utilizam plataformas de streaming.

Fora isso, há empresas mais regionais como a Copel, do Paraná, que já garantiu que não vai limitar a internet dos usuários nas regiões onde atende. O problema, porém, é que as empresas respondem hoje por uma pequena fatia do mercado.

Entenda o consumo da internet fixa e o que as empresas querem mudar

Ao longo dos anos, o consumidor interessado em adquirir uma internet banda larga (fixa) para sua casa, empresa ou escritório, entrava em contato com uma das principais companhias que oferecem o serviço no país e contratava um plano com preço que podia variar de acordo com a velocidade de internet pretendida.

Efetuando o pagamento do plano escolhido, o usuário tinha direito de acessar a internet ilimitadamente com aquela velocidade preestabelecida – presumindo que algumas das empresas do mercado de fato entregavam eventualmente a velocidade contratada pelo consumidor.

Com isso, desde que se mantivesse em dia com os vencimentos do plano, todos os clientes tinham direito a acessar a internet livremente, seja por meio de uma conexão Wi-Fi, ou mesmo via cabo conectado no dispositivo pretendido.

Agora, com a nova medida pretendida pelas empresas, isso muda. Os usuários não poderão mais acessar a internet de maneira ilimitada nem na própria casa com sua internet fixa.

Para que fique mais claro, na prática a coisa funcionaria mais ou menos como já funciona hoje nos celulares, com as conexões 3G e 4G, onde o cliente escolhe um plano e tem um limite de dados que pode consumir durante um determinado período, que no caso da internet fixa, seria mensal.

Supondo que você assine uma franquia que te dê direito a apenas 10 GB de dados por mês, portanto, é provável que não consiga sequer assistir 3 filmes durante o mês em um serviço como a Netflix, por exemplo.

Isso porque quando “exceder” este “limite” imposto, a empresa responsável pelo serviço pode simplesmente reduzir drasticamente a velocidade de sua internet ou simplesmente bloquear o seu acesso à mesma até o mês seguinte, quando em tese a franquia será renovada por meio do novo pagamento.

Quer dizer que um cliente comum pode ter que ficar “offline” boa parte do mês, a menos é claro, que aceite desembolsar mais uma grana para comprar um pacote extra de dados que possa atender sua “demanda” mensal por acesso à internet, que em pleno século XXI é também, acesso à informação.

Mas isso ainda não é tudo sobre o assunto. A Anatel, que é o órgão regulador que em tese deveria interferir em qualquer atitude abusiva da parte dos provedores de internet e telefonia do país, não havia manifestado até a data de fechamento dessa matéria, a mínima intenção em vetar a atitude das empresas nesse sentido.

E foi aí, naturalmente, que o assunto causou o furor da grande maioria dos usuários de internet no país, que agora começam a se mobilizar por meio de abaixo-assinados e movimentos em redes sociais que visam reunir o maior número de pessoas interessadas em agir contra tal atitude das organizações que controlam o acesso à grande rede no país.

Como você pôde perceber, o motivo é totalmente justificado, visto que se trata de uma questão capaz de afetar a praticamente todos aqueles que dependem da internet, o que em pleno 2016 é a grande maioria da população.

Para que você possa entender melhor o quanto isso pode te prejudicar, vamos mostrar agora alguns exemplos de pacotes de dados ofertados por algumas das companhias e o que você conseguiria acessar com ele antes da operadora bloquear seu acesso à internet.

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O quanto você pode ser prejudicado pela limitação da internet

Pesquisando sobre alguns dos planos de franquias que podem ser implementados pelas empresas, as informações que encontramos até o fechamento desta publicação sugerem que as maiores franquias do mercado vão oferecer cerca de 130 GB, com exceção de um que chegará a 200 GB.

É importante ressaltar que podem existir planos maiores no caso da internet via fibra óptica, que diferente do que muitos pensam, também será submetida à política de franquia caso nenhuma medida seja tomada pelos consumidores.

Tomando como base o padrão 130 GB, dá pra dizer que o volume de dados mensal do usuário pode se esgotar em questão de dias ou até mesmo horas, caso opte por fazer download de jogos para consoles de última geração nas lojas virtuais do PS4 ou Xbox One, por exemplo. Isso porque cada game pode pesar facilmente algo entre 15 GB e 50 GB.

Mas não é só quem gosta de jogos eletrônicos que será prejudicado. Caso você não saiba, a cada vez que você acessa a internet, independente do que faça, você está consumindo dados de rede. Isso sem contar que os sistemas operacionais e softwares modernos geralmente são configurados para baixar atualizações nos dispositivos automaticamente.

Mas não para por aí, quando você vai assistir um vídeo online, o consumo de dados tende a ser grande. É seguro afirmar, portanto, que se você gosta de acompanhar vídeos de canais do Youtube, ouvir músicas em serviços como Spotfy, assistir filmes em serviços como o Netflix ou Amazon Now, ou até mesmo acessar aulas virtuais plataformas como Khan Academy e o Coursera, por exemplo, é muito grande a possibilidade de você esgotar a sua franquia de dados bem antes do fim do mês, mesmo que você seja assinante do maior pacote disponível, que já adiantamos, não é nada barato.

E vale dizer que só citamos alguns exemplos básicos, nem estamos dando ênfase aqui ao fato de que hoje em dia muita gente utiliza a internet para conferências online e muitos outros serviços que demandam boa conexão e consomem grandes volumes de dado.

Como unir-se ao movimento pela internet livre

Para buscar os direitos à internet livre, a comunidade online, conforme já adiantamos, tem se mobilizado por meio de abaixo-assinados e movimentos que visam a luta contra as limitações que podem ser impostas pelas empresas de internet.

Um abaixo-assinado hospedado na Avaaz, por exemplo, já conta com mais de 1,1 milhão de assinaturas e o número cresce a cada segundo. Outra iniciativa importante nesse sentido é o Movimento Internet Sem Limites, que surgiu como uma página no Facebook e vem sendo uma ferramenta de informação e orientação muito útil para quem quer tomar uma atitude contra a ação das empresas responsáveis pela internet no país. O número de pessoas que já aderiram à ideia na fanpage já se aproxima de 400 mil.

Se você quer se unir a essas manifestações para ficar por dentro de tudo relacionado ao assunto e ainda fazer coro aos demais usuários que têm posicionamento contrário à imposição de limite de dados da internet, pode clicar aqui para ir até a página do abaixo-assinado deixar sua contribuição ou aqui para acessar a página do Movimento Internet Sem Limites no Facebook.

Fontes: Tecmundo, Olhar Digital, Gizmodo, Infomoney


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