Durante muitos anos os jogadores de games eram divididos em dois: aqueles que não saiam da frente da tela da televisão e que não admitiam nenhuma comparação entre consoles e dispositivos móveis e aqueles que diziam que os games lançados em equipamentos que poderiam ser levados para qualquer lugar seria o futuro, amparado principalmente pelo grande sucesso do Gameboy.
O fato é que com o passar dos anos vimos os jogos eletrônicos aos poucos se distanciarem dos consoles e das televisões e indo parar nas pequenas telas dos celulares. Aos poucos, as pessoas passavam a jogar não apenas dentro da sua casa, mas também na fila do banco, no ônibus à caminho do trabalho, durante um domingo no parque, e por aí vai.
O fato é que desde que a Nokia resolveu colocar na memória do seu telefone o famoso Snake, onde o jogador tinha que controlar uma linha de quadrados pixelados (que com muita força de imaginação seria uma cobra) e pegar todos os outros pontos enquanto ela cresciam, o mundo dos games nunca mais foi o mesmo. Recentemente este jogo completou 15 anos e, hoje em dia, simplesmente nem se compara com a força dos games que hoje estão disponíveis para os smartphones de última geração.
Mercado em crescimento
A indústria de games, há muitos anos, já conseguiu ultrapassar a grande indústria de filmes dos Estados Unidos em termos de faturamento. Já em termos de alcance e penetração cultural ainda está longe disso, já que os jogos ainda atendem um público menor do que os filmes. Mesmo assim, dentro deste grande bolo de dinheiro que gira a venda e produção de games no mundo inteiro, hoje uma boa parte da fatia já conta com participação direta dos jogos desenvolvidos para smartphones e tablets. De acordo com uma pesquisa recente, os games móveis representam 15% do total do faturamento da indústria de jogos eletrônicos. Algo em torno dos US$ 11 bilhões de dólares previstos até o final deste ano.
Em termos de crescimento, a indústria dos jogos móveis só tem a comemorar. Mesmo ainda liderando a fatia da indústria, este ano está previsto um crescimento de 30% nas vendas de games para dispositivos móveis, enquanto os tradicionais devem crescer apenas 1%.
É claro que o crescimento estrondoso dos games deste segmento deve-se, principalmente, ao fato das pessoas comprarem mais smartphones com o passar dos anos. Ao todo já são 1,5 bilhão de equipamentos pertencentes a este segmento vendidos no mundo todo, e de acordo com os levantamentos feitos recentemente sobre a possibilidade de crescimento, tudo indica que este número de smartphones tende a dobrar de tamanho em apenas um ano.
Neste cenário, a América Latina aparece em destaque e se torna alvo de cada vez mais ações das empresas que produzem games, já que o continente, ao lado da Ásia, é o que mais rápido está substituindo os celulares antigos pelos modelos mais famosos de smartphones.
Com o crescimento da demanda, ao mesmo tempo que acontece um aumento da capacidade de processamento dos smartphones, temos um console em potencial na mão de cada pessoa que compra um smartphone lançado nos últimos anos.
No Brasil, especificamente, uma pesquisa feita recentemente pelo Ibope mostra que 40% das pessoas que possuem um smartphone utilizam o aparelho, em algum momento do dia, para jogar. Desde uma simples partida de Candy Crush até algumas horas gastas na última versão d Fifa para dispositivos móveis.
Tudo isso mostra que os jogos para smartphones e móveis estar cada mais presentes na vida dos usuários como um todo.
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