Seja por timidez ou mesmo pelo desejo de evitar algum tipo de constrangimento, a maioria das mulheres que visitam os ginecologistas acabam mentindo ou de alguma forma ocultando a verdade ao conversar com os especialistas.
Isso pelo menos é o que aponta uma pesquisa realizada pela WH americana. O levantamento apontou que 54% das mulheres optam por esconder os detalhes da vida sexual ao visitar o ginecologista.
O que essas mulheres provavelmente não sabem, porém, é que ao omitir alguns detalhes do médico elas podem pode estar colocando em risco a própria saúde ou até mesmo a do parceiro. Para ilustrar isso, apresentamos a seguir alguns dos motivos pelos quais a mentira não vale a pena na hora da consulta.
Veja as mentiras mais comuns e por que evitá-las
Camisinha sempre
Há dois anos, uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde apontava que 45% da população brasileira não havia usado preservativo nas relações casuais praticadas nos doze meses anteriores ao levantamento.
Sabe-se, porém, que nem todo mundo gosta de admitir isso no momento de uma consulta. O melhor a se fazer, no entanto, é não ocultar isso do ginecologista (ainda que tenha sido só uma vez sem camisinha), pois isso pode evitar problemas futuros.
Pílula anticoncepcional em dia
Estima-se que cerca de 30% das mulheres deixam de tomar pelo menos uma pílula por mês, mas muitas omitem esse detalhe na hora da consulta. Esquecimentos assim são responsáveis por 41% das gestações indesejadas.
Se isso ocorrer, o melhor a fazer é manter a honestidade com o médico que pode recomendar outros métodos contraceptivos com menores chances de falhas. Isso sem contar que deixar de tomar a pílula corretamente pode causar sangramento fora do tempo ou até comprometer o diagnostico do médico.
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Sinceridade quanto ao aborto
O histórico de saúde da paciente é fundamental para um correto diagnóstico do quadro de saúde, especialmente para mulheres que esperam engravidar um dia. Apesar de o assunto ainda ser um tabu no país, o aborto é algo mais comum do que as pessoas pensam.
No Brasil, por exemplo, estima-se que ocorram pelo menos 850 mil abortos todo ano e isso sem computar os casos legais registrados pelo Ministério de Saúde, que são os autorizados em situações de anencefalia do feto, estupro ou quando há risco de morte para a mãe.
O aborto pode deixar o tecido ferido no útero e atrapalhar futuras gestações, podendo levar até a um futuro aborto espontâneo. Daí a importância de relatar tudo ao médico.
Vida sexual 100%?
Não pode haver vergonha em admitir ao médico que a libido não vai bem, principalmente quando a solução do problema pode ser simples, como uma eventual troca medicamentos.
Além disso, se tiver queixa de dor na relação, é importante dizer também porque ela pode estar ligada a uma infecção vaginal. Se houver a suspeita de que a falta de tesão está ligada a algum fator emocional, o médico também precisa ser informado.
Nada de pílula do dia seguinte?
O médico precisa saber se a paciente já fez uso da pílula do dia seguinte e quando o fez. Isso porque trata-se de um método contraceptivo de emergência e que não deve se tornar habitual.
Além disso, a pílula do dia seguinte pode desregular a menstruação. Diante disso, se não contar que tomou a pílula e houver sangramento ou atraso da menstruação o médico poderá propor um tratamento inadequado para o caso, por exemplo.
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