De acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente (IPOM) há pouco mais de dois anos, cerca de 69% dos brasileiros avaliam seu próprio sono como ruim ou insatisfatório. Na maioria das vezes os problemas variam desde acordar várias vezes durante a noite até a dificuldade em pegar no sono.
Esses dados tornam-se mais preocupantes quando consideramos que dormir menos que o recomendável, ou seja, entre seis e oito horas diárias, pode resultar em prejuízos à saúde, com o surgimento de problemas que por vezes as pessoas nem percebem que estão relacionados à má qualidade do sono. Para ilustrar isso, apresentamos a seguir alguns desses possíveis problemas.
Veja os problemas que podem ser causados pela falta de sono
Impede a conservação da memória
O sono é fundamental para que o cérebro transforme memoria de curto prazo em memórias de longo prazo. Segundo especialistas, é durante a noite que o cérebro faz uma varredura nas informações coletadas ao longo do dia, guardando aquilo que ele julga crucial e dispensando o que considera supérfluo.
Por essa razão pessoas que dormem mal costumam ter dificuldades para se lembrar de coisas simples, tais como um episódio ocorrido no dia anterior ou nome de pessoas próximas.
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Afeta o emagrecimento
É durante o sono que o organismo produz a leptina, um hormônio que controla a sensação de saciedade ao longo do dia. Por essa razão, especialistas afirmam que as pessoas que dormem pouco produzem apenas uma pequena quantidade desse hormônio.
Não obstante, quem não dorme direito também produz menor quantidade de grelina, hormônio que provoca fome e reduz o gasto de energia. Logo, pessoas que dormem entre seis a oito horas por dia queimam mais gorduras do que as pessoas que dormem pouco.
Enfraquece a imunidade
É durante o sono que ocorrem vários processos em nosso organismo, dentre eles a produção de anticorpos. De acordo com estudos, dormir pouco reduz a função imune e a quantidade de leucócitos, que são as células responsáveis por combater corpos estranhos no organismo.
Uma pesquisa revelou, portanto, que pessoas que dormiam quatro horas por noite durante uma semana tiveram os anticorpos reduzidos pela metade quando comparadas com aquelas que dormiram oito horas.
Altera o funcionamento do metabolismo
Mudanças no ciclo do sono podem atrapalhar a síntese dos hormônios de crescimento e do cortisol, pois eles são produzidos enquanto dormimos. Os maiores efeitos dessa deficiência incluem cansaço ao despertar, ansiedade, dificuldade de raciocínio, acidentes no trânsito, irritabilidade, sonolência, indisposição e déficit de atenção.
Leva ao envelhecimento precoce
É durante o sono que o corpo produz hormônios rejuvenescedores, tais a melatonina e o hormônio do crescimento. Esses hormônios agem de forma reparadora e calmante para com a pele. Os resultados da falta desses hormônios são olheiras e uma pele sem viço, além é claro do aparecimento de rugas.
Prejudica o humor
Os neurônios são responsáveis por criar os hormônios ligados ao bem estar, como por exemplo, a serotonina. Dito isso, é comum que noites mal dormidas causam impacto direto no humor das pessoas, podendo até mesmo favorecer quadros de depressão.
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