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Maconha medicinal ajuda no controle de Parkinson

Os Canabinóides podem ajudar a controlar os tremores da doenças de Parkinson
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Apesar de, no Brasil, a maconha ainda não ser legalizada, já existem vários indícios de que alguns de seus componentes contribuem no tratamento e diversas doenças. A maconha medicinal é legalizada em 28 estados nos EUA, e isso atrai o interesse em suas propriedades terapêuticas. Pesquisadores estão testando a maconha, que eles chamam de cannabis, como um tratamento para muitas doenças, incluindo condições neurológicas, como a doença de Parkinson (DP) no topo da lista. Mas, apesar de vários estudos clínicos, não foi demonstrado que a cannabis pode beneficiar diretamente as pessoas com Parkinson. Qual é a ciência e farmacologia por trás da maconha, e pode ser usado para tratar os sintomas de Parkinson?

A ciência por trás da maconha

O sistema endocanabinóide está localizado no cérebro e dentro dos sistemas nervoso central e periférico. Este sistema é composto de receptores canabinóides (um receptor é interruptor molecular no exterior de uma célula que faz algo acontecer dentro de uma célula quando ativado) que estão ligados a neurônios (células cerebrais) que regulam o pensamento e algumas funções do corpo.

Os pesquisadores começaram a mostrar entusiasmo para estudar a cannabis em relação ao Parkinson depois que pessoas com DP deram relatos anedóticos e divulgaram em meios sociais como a cannabis reduziu seus tremores. Alguns pesquisadores acreditam que a cannabis pode ser neuroprotetor - salvar neurônios de danos causados ​​por Parkinson. Além de reduzir o tremor, os canabóides (as moléculas do fármaco na maconha) também foram estudados para uso no tratamento de outros sintomas, como bradicinesia (lentidão causada pela DP) e discinesia (excesso de movimento causado pela levodopa). Apesar de alguns resultados promissores pré-clínicos, os pesquisadores não encontraram qualquer benefício significativo cannabis para pessoas com Parkinson.

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Os pesquisadores emitem cautela para pessoas com DP que usam cannabis por causa de seu efeito sobre o pensamento. Muitas pessoas com Parkinson experiencia prejuízo da função executiva - a capacidade de fazer planos e limitar o comportamento de risco. Pessoas com uma condição médica que prejudica a função executiva deve ser cauteloso sobre o uso de qualquer medicação que pode agravar este efeito.

Aqui no Brasil, um estudo recente sobre o uso medicinal do canabidiol (CDB) mostrou que essa substância extraída da maconha pode ser eficaz no tratamento de pacientes com mal de Parkinson. De acordo com o professor José Alexandre Crippa, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP), um dos coordenadores do estudo, pela primeira vez, o grupo de voluntários que ingeriu cápsulas contendo canabidiol apresentou melhoras na qualidade de vida e no bem-estar.

A Farmacologia da Cannabis

Substâncias da maconha utilizadas na farmacologia

A maconha contém mais de 100 substâncias químicas neuroativas que funcionam com dois tipos de receptores canabinóides tipo 1 (CB1) localizados no cérebro e tipo 2 (CB2) localizados no sistema imune periférico. Canabinóides têm efeitos poderosos, indiretos sobre estes receptores, mas os investigadores estão inseguros sobre esses efeitos. Pessoas com DP têm menos receptores CB1 do que pessoas que não têm DP. Um impulso para o receptor CB1, como a maconha, pode melhorar os tremores e pode aliviar a discinesia. De modo semelhante, o outro receptor, CB2, está também a ser estudado para determinar se pode modificar a doença ou proporcionar benefícios. No entanto, uma hipótese unificada não existe atualmente para qualquer dos receptores porque há demasiados dados conflitantes sobre a eficácia de canabinóides e esses receptores.
 

Ensaios de Maconha Medicinal Relacionada à DP

Maconha medicinal ajuda no controle de Parkinson


O uso de canabinóides tem sido sugerido para ajudar no manejo de condições neurológicas e não neurológicas. A literatura sobre a maconha medicinal é incrivelmente variada. Estudos não têm claramente apoiado o uso de maconha para Parkinson. Os estudos clínicos de cannabis como um tratamento de DP que foram conduzidos não utilizaram o padrão-ouro de ensaio clínico duplamente cego, controlado por placebo. Alguns estudos tiveram apenas cinco sujeitos. Embora alguns resultados tenham sido positivos, os efeitos da maconha medicinal provavelmente não são completamente compreendidos, razão pela qual são necessários mais estudos, especialmente os que envolvem um maior número de indivíduos. A maioria dos médicos não apóia os resultados do estudo porque esses estudos não atendem ao padrão mínimo de pesquisa.


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